Um ponto de partida

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Eliana passou a noite em claro, ela sentiu um vazio em seu peito como à muito não sentia. Pensa constantemente de como foi seu jantar com Adam e como não se sentia a mesma, algo havia se perdido notava que Adam por um lado sentia o mesmo embora não comentasse a respeito. Era um incomodo que ela não saberia explicar para alguém, tão pouco a sí mesma.
Ela era uma linda mulher, loira como de costume naquela região, tinha uma origem humilde mas interrompida pelo casamento, logo surgira oportunidades com o matrimônio, seus 1,70 de altura e seu pescoço alongado a deixava elegante nos jantares em família que seu marido dava constantemente. Ela não costumava sair, se dedicava a sua casa, era uma mulher prestativa, com sua família e principalmente seu marido Adam, pouco reclamava, apesar de seu perfeccionismo em sua vida cotidiana sempre se sentia calma porém se irritava com os desleixos que Adam deixava ao sair do banho, era surpreendente seu ar de indignação, já que passava a maior parte do tempo com uma aparência fria.

Eliana se perguntava pela manhã como vive um matrimônio onde não se existe nós, sem perceber ela se anulou, por um momento sentiu que não sentia mais o amor de antes, sentiu apenas um apego de quem viveu 10 anos ao lado de um homem que a deixou de elogiar, de notar suas curvaturas de humor, e talvez nem se lembrasse que também possui sonhos.

Adam desce as escadas rumo ao banheiro no piso de baixo, boceja e dá uma olhada para a sala de estar, quando diz bom dia para Eliana ouve um susurrar:
- Pois não querida?
- Adam devemos conversar...
Um silêncio tomou conta da sala como se algo ruim estivesse acontecido, talvez o que ambos sabiam que poderia ter acontecido a muito tempo, e que estava prestes a acontecer. Um ponto de despedida para um ponto de partida, mas naquele momento algo estava para se chocar em meio a sala.

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