Garota que sempre triste se encontrava Os pais não sabiam o que ela passava Ia para escola não querendo ir Contava as horas até o momento de sair Não se encaixava no padrão de beleza Tentava ficar calma como um rio de Veneza Colegas falavam que não era normal O jeito de vestir e por ser anti-social Alargador, piercing, o corte de cabelo Ela nunca quis parecer uma modelo Falavam do peso, de sua altura Ela se sentia com uma doença sem cura Se sentava, botava o fone de ouvido Piadas feitas com ela e a turma inteira rindo Ela nunca expressa o que está sentindo A música toca e ela ainda tá ouvindo Chamada de anormal, estranha, feia Apelidos e apelidos do mundo ela tava cheia A sociedade dita o que é belo e o que não é Ser ela mesma, é o que ela quer Vontade de chorar, uma gota rola Ela pensa no que fariam, seca o rosto e se controla Nenhum amigo para dividir a dor O arco-íris dela não tinha uma cor No Intervalo ficava isolada Ia em um canto e permanecia calada Alguém por ela se apaixonar achava impossível Se olhava no espelho e acreditava que era horrível Que o bullying parasse é o que ela queria Trabalho em grupo ninguém a escolhia Ela era uma nuvem distante do céu Sempre Sendo julgada, como se fosse réu Era diferente na sociedade não se encaixa As brincadeiras a deixaram com alto estima baixa Pensava em mudar em tentar ser igual Ou em sumir igual a nota de 1 real Mas não conseguia Melhor falando não queria Mais o mundo é um ringue e ela não batia O professor olhava e nada fazia Achava normal como em qualquer outro dia Ela rezava em casa e pedia Senhor, por favor acabe com minha agonia Mas suas orações Deus nunca atendia Ninguém a levantou quando ela caía Batia o sinal, motivo de alegria Mais tinha que voltar e tudo aquilo repetia Cansada disso Tudo, voltou para casa Falou para os pais disseram Filha isso passa Saiu chorando para cozinha, subiu pro quarto Minutos depois ouviram um grito alto Os pais foram na porta Preferiam não ter entrado Lágrimas caíram, ficaram chocados Caída no piso. com os olhos fechados O chão tava vermelho e ninguém tinha pintado Única opção que ela tinha encontrado Faca numa mão na outra os pulsos cortados.