O sol iluminava muito bem o castelo enorme de Arendelle. E a frente do enorme portão de entrada, um pontinho avermelhado cintilava, e dava-se para ver a metros de distancia.
Era Merida com uma cara emburrada, batendo um dos pés no chão inquieta e aborrecida. Ela analisou novamente o guarda, antes de dizer pela terceira vez:- Eu preciso entrar! - ela disse apontando para a cara do guarda, que recuou em um passo para trás.
- Desculpe princesa, a rainha disse que ninguém entra ou sai do castelo - o guarda disse deixando Merida mais aborrecida.
- Então você pode por gentileza avisar a rainha que estou aqui?! - Merida disse irônica.
O guarda olhou para o outro guarda que também estava cuidando do portão que acenou positivamente com a cabeça. O guarda que barrou a entrada de Merida entrou pelo portão e correu até o castelo. Se passou alguns minutos e nada do guarda voltar. Merida cansada de esperar se sentou na calçada e começou a brincar com as folhas secas que estavam esparramadas no chão. O calor fazia o suor escorrer por sua testa, ela olhou novamente para o portão, mas nem um sinal do guarda voltar. Ela já pensava que Elsa havia proibido sua entrada no castelo, mas essa ideia sumiu quando o guarda voltou correndo, escancarando o portão para Merida entrar. Ela fez sinal para que ele esperasse e correu para o outro lado do castelo, lá estava o enorme trenó do Noel, e apenas quem acreditava podia ve-lo. Merida fez gesto para que Olaf e o Lobo saíssem do trenó e fosse com ela.
Olaf saiu cambaleando com suas perninhas desengonçadas e o gorpinho gorducho, enquanto o Lobo com sua pelagem dourada brilhante saiu caminhando por suas quatro patas elegantemente, espalhando pó dourado no chão .
Os três caminharam em direção ao portão do castelo, mas a passagem foi impedida pelos guardas que encaravam o Lobo e Olaf.- Mas o que foi desta vez?! - Merida bufou - esse é o Olaf, ele vive aqui no castelo! Ele mora aqui! Ele MO.RA! Mora no castelo! - o guarda revirou os olhos e olhou para o Lobo - esse é...é... Meu cachorro, Lobo, super dócil, não é Lobo?
O Lobo entendeu o truque de Merida, deu um latido e começou a abanar a cauda, colocando a lingua para fora e começou a rodear Merida. O guarda olhou para o parceiro dele, lançando um olhar, parecendo conversar visualmente " E ela entra? ", o outro guarda deu de ombros, e então eles saíram da frente, permitindo a passagem deles.
Os guardas viram que Merida já estava a alguns metros de distância, e viram uma trilha de pó brilhante dourado cintilando no chão, e o vendo soprava e ele voavam.- Tem cada coisa estranha, tudo anda diferente - o guarda que esbarrou em Merida disse ao outro.
- Até os cachorros - o outro guarda respondeu.
Mal entraram dentro do castelo e viram os guardas movendo alguns objetos, sofás, quadros, e até tapetes.
- Aconteceu algo sério - o Lobo sussurrou para que ninguém ouvisse, e Merida concordou.
Eles começaram a caminhar com um pouco de dificuldade, e Merida trombou em uma das empregadas.
- Me desculpe - disse a empregada, e Merida sorriu.
- O que está havendo? - Olaf perguntou, pegando o pano que estava na mão da empregada.
- A princesa Anna sumiu, e estão tentando acha-la - ela respondeu e Merida franziu a sobrancelha vendo um dos guardas mover um tinteiro de cima da mesa.
- Aonde está Elsa? - Merida perguntou um pouco preocupada.
- No grande salão.
Merida acenou positivamente com a cabeça e eles começaram a caminhar pelos corredores.
Os pensamentos de Merida estava centrados na procura, a coisa deveria ser muito séria se Anna está sumida, mas o estranho era que eles estavam procurando até dentro dos vasos de flores pequenos.
Lobo pensava nas coisas, Elsa mal acabou de acordar de um coma, a qual Breu a colocou, Merida e Jack lutaram para liberta-la, e ele soube que antes de Elsa entrar em coma, ela lutou contra Úrsula, irmã do Medo, e venceu. Mal acabou de passar por algo, e já está passando por outro.
Já os pensamentos de Olaf estavam nas flores do jardim, e no verão. Eles chegaram na porta do salão quando ouviram um grito.- Quem quer que seja será punido! Vai ficar nas piores celas! Em supervisão de cinco soldados! - Elsa gritou, mas se engasgou com o próprio grito - não! Não! Dez! Dez soldados!
Merida arregalou os olhos para o Lobo e abaixou as orelhas parecendo amedrontado.
- E a voz da Elsa! Vou ver ela! - Olaf disse colocando a mãos de gravetinho da maçaneta da porta.
- Olaf, Elsa parece estar brava... - Lobo avisou Olaf.
- Que nada! E impressão de vocês - Olaf abriu a porta rapidamente.
- Não Olaf... - advertiu Merida, mas foi em vão, Olaf já estava correndo pelo salão.
- Elsinha! - ele gritou.
- Ah! - Elsa disse girando.
Junto com o giro de Elsa, uma paredão de cristal se formou na frente de Olaf, o fazendo bater a cabeça, cambalear e cair sentado no chão. Elsa havia feito o paredão para bloquear a passagem. Elsa estava com a respiração acelerada quando gritou:
- Quem é?! - Ela gritou, vendo uma sombra branca e pequena embaçada pelo cristal.
- Ai... Sou eu! - Olaf gritou passando as mãosinhas pelos galinhos da cabeça.
- Eu quem?! - Elsa gritou em resposta, e querendo caminhar até o cristal, mas Jack segurou o ombro dela.
- Sou o Olaf! Que gosta de abraços quentinhos! - ele gritou abanando os bracinhos.
- Olaf! - um sorriso se estampou no rosto de Elsa, e em um piscar de olhos o paredão de cristal havia virado um tapete de neve.
Olaf correu, tropeçando nos próprios pés, e abraçou as pernas de Elsa. Jack sorriu diante da cena, e viu Merida a porta junto com o Lobo.
- Pensei que não vinham! - Jack ironizou e o Lobo entrou correndo espalhando pó dourado pelo salão e indo até Elsa.
- Eles deixaram o trenó sobre nossa supervisão - Merida disse.
- Ixe... To vendo que não vai ter mais trenó para levar os presentes este ano... - Jack riu.
- Cuidamos muito bem tá? - Merida riu também mas depois fez uma cara séria e olhou para Elsa - o que esta acontecendo Elsa?
Elsa suspirou e contou a Merida sobre o que aconteceu com Anna, o sumiço repentino, a voz que a chamou.
- Nossa! - Merida exclamou.
- Só pode ser uma armadilha! - O Lobo disse farejando o chão.
- Foi exatamente o que eu disse, também acho! - Jack disse e começou a flutuar por cima do Lobo.
Elsa abaixou o rosto quando ouviu um rosnar.
- O que foi? - Merida perguntou.
- Tem alguém ali, e está rindo! - o Lobo disse, e ergueu as patas.
- Temperatura elevada - Jack falou puxando o moletom e agarrando bem o cajado.
O Lobo deu um impulso com as patas e deu um pulo rumo ao corredor.
- Está correndo! - Lobo gritou e Jack flutuava a cima dele enquanto corriam.