Anna sentiu desconforto quando tentou levantar o braço para coçar os olhos quando acordou.
Mas algo fez um barulho estridente e grave. Anna estranho quando algo puxava seu pulso.- Mas o que... - Anna nem teve tempo de completar quando reparou em algemas presas em seu pulso, e uma corrente não muito extensa presa na parede e presa a ela - Estou presa!
Anna começou a se puxar da corrente, mas nada adiantava, ela ficou ofegante com as tentativas violentas de se soltar e sentiu que as algemas se esquentavam, então ela reparou ao redor e viu um lugar co, uma cama, alguns armários, e uma luz laranja avermelhada reluzindo do chão e as paredes eram negras iguais brasas. A temperatura era meio quente.
- Socorro! Socorro! - Anna gritava tentando se puxar das algemas - Por favor!
Anna gritava vários pedidos de ajuda enquanto se puxava, aquilo começou a deixar ela cansada.
- Por favor - ela sussurrou caindo de joelhos - alguém.
Anna sentiu seus joelhos queimarem no chão.
- Recomendo que sente na cadeira, se não quiser ser assada - uma voz feminina zombava de Anna.
- Quem está ai? - Anna levantou o rosto rapidamente para tentar ver quem era.
- Sou bem familiar... - a voz feminina disse com um tom sóbrio, mas depois se desfez eem gargalhadas - fui ver como está sua irmã... Patética!
- Elsa? Minha irmã Elsa! - Anna começou a puxar novamente os pulsos em desespero.
- Exatamente, não é sua única irmã mas e ela sim.
Anna pensou em "Não é sua única irmã" .
- Como assim... - Anna disse, mas foi cortada.
- Ela já desconfia que está aqui, mandou vários guardas procurarem até dentro dos tinteiros - ela riu - mas ela até é esperta, mas não vai me achar, não agora.
A voz deu uma gargalhada baixa.
- Aquele namorado da sua irmã, o garota da neve e um dos bichos do Homem de Areia tentaram me seguir, mas se estou aqui é óbviu que não conseguiram - a voz vinha do inicio do porão, mas dava apenas para ver a silhueta feminina.
- Por que estou presa? Me solte! - Anna gritou se puxando nas correntes.
- Cuidado Anna, quanto mais você se puxa, mais essas algemas esquentam - a mulher disse calma e suspirou - você vai ficar aqui até eu ter uma acerto de contas com Elsa, a queridinha, a poderosinha - A mulher parecia furiosa fez um sinal com a mão, e um raio de fogo atravessou um dos armários, queimando a brasa na parede - a rainha!
- Elsa não te fez nada! - Anna respondeu, e uma lava brotou a sua frente, ela levou um susto e acabou caindo sentada no chão.
- Não sei se ela sabe! Mas eu sei e senti na pele! O verdadeiro isolamento! O verdadeiro abandono ! - a mulher começou a caminhar até a visão de Anna, quando Anna viu a mulher, seu grito ficou preso na garganta, mas a mulher carregava uma expressão furiosa - o verdadeiro medo!
- Vo-vo-você - gaguejou Anna.
- Oi, irmãsinha - disse em um tom irônico, a voz da mulher parecia com a de Elsa, só que um pouco mais grossa.
Anna ficou assustada com a mulher, ela era muito parecida com Elsa, o cabelo loiro, altura, o tom de pele, só que os olhos eram vermelhos. A mulher sorriu com o olhar assustado de Anna.
- Surpresa em sabe que tem outra irmã? - ela riu, mas Anna continuava assustada e chocada.
- Quem é você?! - Anna gritou quando sua voz finalmente saiu.
- Sou a irmã gêmea de Elsa, sou a abandonada do reino, sou a filha rejeitada! - Ela gritou fazendo os ouvidos de Anna estalarem.
- Não sabíamos que Elsa tinha uma gêmea! - Anna respondeu.
- Talvez você não!
- Mas... Quem você é? - Anna perguntou se encolhendo na cadeira, sentindo o chão queimar, mas a cadeira estava apenas um pouco quente.
- Me chamo Elisa, e diferente da queridinha Elsa, meu dom é o...
- Fogo - Anna completou, e Elisa sorriu.
Anna ficou olhando para Elisa, depois ao redor e reparou na cama e pensou com sigo mesma "Ela mora aqui".
- Você mora aqui desde quando? - perguntou Anna olhando para o armário partido pelo raio de fogo.
- Moro aqui desde que nasci e fui mandada para cá! - Elisa olhou para as próprias mãos, que começavam a ficar vermelhas.
- Você viveu esse tempo todo aqui?! - chocada disse Anna.
- Crueldade ! Por pura crueldade! Mas fique calma Anna, não vou te torturar - Elisa bufou e olhou para as paredes - ele está demorando tanto!
- Ele?
Elisa deu um sorriso torto.
- O considero meu pai, o único que cuidou de mim, que me contou a verdade.
Anna começou a sentir o chão tremer, sua cadeira dar pequenas balançada, e algo negro começou a brotar do chão.
- Oi, pai - Elisa disse sorrindo para a sombra negra que começava a se levantar.
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