Parte II
Abri a porta e ela estava dormindo e então apenas me sentei na cadeira que ficava em frente à sua maca. Depois de um tempo ela se revirou levemente, primeiro bocejou e abriu os olhos. Suas órbitas saltaram ao me ver."O que v-você faz aqui?" ela gaguejou.
"Vim visitar minha filhinha querida." respondi irônico e ao mesmo tempo amargo. Me aproximei dela e a mesma se encolheu. "Como você se sente meu amor?"
"Não me chame assim. E eu estou bem." ela disse virando a cara após eu acariciar sua pele. "Não me toque. A última vez que você me tocou, fez merda."
"Mas, vejamos, eu tive que fazer merda porque você fez merda primeiro. Então estamos "kits"! " eu disse com um sorriso maléfico.
"Me deixe em paz, por favor. Estou muito dolorida e cansada."
"Você vai escutar minhas palavras até ficar surda!" disse sério. "O que deu em você garota? Chegar ao ponto de agredir sua irmã mais nova, você é louca. Você é uma vadia fingida."
"Por que vocês fazem isso? Vocês sempre entenderam meus problemas, desde aquela vez. Eu n-não sou louca." ela disse com a voz falha por causa do choro. "E muito menos fingida, eu nunca fingi nada. Nenhuma crise, nenhum distúrbio, absolutamente nada. Vocês sempre souberam que eu desenvolvi isso por causa de momentos muito difíceis. Mas só deixaram de acreditar por que eu agredi minha irmã. Eu sei que isso foi muito errado, não paro de pensar em como ela deve estar, não paro de me preocupar da maneira que ela pode reagir ao me ver novamente. Eu estou morrendo de medo."
"Não se preocupe, ela não te verá nunca mais. Nunca mais terá uma notícia sequer sua. Eu e sua mãe já tomamos uma decisão muito precisa, você não volta mais para casa." eu disse e ela caiu no choro. Peguei minhas coisas e fui em direção a porta. "Vadia louca."
J U S T I N
Jasmy estava indicando o caminho e eu apenas o seguia. Minhas mãos soavam muito. Estava nervoso pelo simples fato de querer saber como ela foi parar naquela clínica. Chegando lá eu saí do carro, com Jasmy ao meu lado. Ao entrar na clínica, a recepcionista nos atendeu e liberou nossa entrada. Fomos andando por um corredor branco e avistamos uma porta de madeira com o número 304 grifado na mesma. Abri a porta com muito cuidado e ouvi soluços, soluços dela, da minha garota. Parecia uma criança chorando. Ao entrar a vi, derrotada naquela maca branca que já estava encharcada por conta das lágrimas.
Jasmy entrou logo atrás de mim e já pude ver lágrimas em seus olhos, a abracei bem forte e dei um beijo na testa dela, peguei na mão de Jasmy e fui em direção a Le. Cheguei mais perto e acariciei seu rosto levemente, fazendo com que ela se assustasse pois estava de olhos fechados e de tão alto que estava seu soluço, não havia escutado o barulho da porta se abrindo. "Justin," ela sussurrou. "Jasmy."
Me sentei ao seu lado e limpei suas lágrimas, acariciei suas bochechas vermelhas e dei um beijo em seu rosto. "Vai ficar tudo bem." eu sussurrei na tentativa de acalma-la.
"Está sendo tão difícil Justin" ela disse soluçando e derramando mais lágrimas e partindo meu coração.
"Ei, eu estou aqui. Nós estamos." disse me referindo a Jasmy que estava do meu lado, e a mesma me deu um olhar compreensivo.
"O que aconteceu meu amor?" Jasmy perguntou puxando uma cadeira e sentando-se na frente de Leticya.
"As minhas crises, estão voltando. Todas elas." ela disse secando uma lágrima com as costas da mão.
"Mas o que você fez? Por que está aqui novamente?"
"E-eu... É difícil falar."
"Confie em nós meu amor. Estamos aqui para te apoiar." eu disse, tentando confortá-la.
"Eu bati na Hellen!"
Foi como um tiro para mim, ela agrediu a própria irmã.
"Mas como, por que?"
"Jasmy, ela pegou meu celular e então o deixou cair no chão. Eu não estava muito bem ainda, então eu parti para cima dela." ela quase sussurrou a última parte.
Jasmy suspirou profundamente como resposta, olhou para mim e então desviei para Leticya, que estava de cabeça baixa brincando com os dedos.
"Jasmy...," chamei sua atenção, que agora estava olhando para a parede branca, talvez pensando em algo. "Posso conversar com ela, um minutinho?"
"Claro, fique a vontade. Le, vou buscar um café no StarBucks, quer algo?"
"Não obrigada, já comi."
"Quer algo Justin?" ela perguntou e eu apenas neguei com a cabeça.
Ela saiu pela a porta e então voltei meu olhar para a Le.
"Bem, como se sente?"
"Hm, estou... com raiva de mim mesma."
"Não, não diga isso! Você tem crises, não foi porque você quis."
"Justin, eu sou doente. Meu pai me chamou de vadia fingida. E minha mãe disse que não me vê mais como uma filha."
Como assim? Que porra é essa? Desde quando uma mãe desconsidera o próprio filho?
"Ela fez isso, mas como? Sua mãe foi a pessoa que mais te apoiou até hoje. Ela não pode te chamar assim, você é filha dela."
"Não, Justin. Ela não pensa mais assim agora, pra ela eu não sou mais nada."
"Mas que merda," sussurrei para mim mesmo. " Como ela pode te desconsiderar assim? A própria filha? Eu sei que minha mãe também não é uma das melhores mas fazer isso jamais."
"Pois é, meu pai também fez a mesma coisa comigo. Me xingou, quase me bateu disse que eu estou fingindo tudo isso."
"Eles estavam de cabeça quente amor, não pensa assim."
"Justin, se você ouvisse cada palavra que os dois jogaram pra cima se mim, você também iria se sentir derrotado." ela falou amarga. "E... eles me expulsaram de casa."
"Ahh não, assim já é demais. Mas o que importa no momento é você ficar bem. Se recuperar de tudo isso e depois vemos o que vamos fazer."
"Para onde eu vou?"
"Hm, a minha casa? Mas talvez você não vai querer, depois de tudo o que aconteceu naquela vez."
"É, mas tudo bem. Se realmente eu quero ficar com você, tenho que enfrentar a tudo e a todos que estiverem pelo caminho."
"Sim." murmurei balançando a cabeça, não tendo muito para dizer. "Mas, talvez sua mãe te aceite de volta. Porra Le, você é filha dela. Ela vai te perdoar, mesmo você não ter feito nada."
"Não consigo acreditar mais."
"Acredite em mim, nas minhas palavras."
"Meu pai e minha mãe me proibiram de ver a Hellen." ela disse chorando, muito.
"Só por enquanto meu amor. E ela te ama muito, ela vai querer te ver."
"Não Justin, ela não vai. Eu sou um monstro pra ela, ela me odeia."
"Calma, não fala assim. Ela também tem que entender seus problemas."
"Não, não. Eu sou um monstro. Ela me odeia."
"Shhh..." um chiado saiu da minha boca, apenas dei um abraço nela. "Vai ficar tudo bem."
"Eu te amo, Justin." ela murmurou, deixando todos os sentimentos que haviam dentro dela.
"Eu também te amo, muito. E eu vou te tirar daqui." respondi selando nossos lábios.
...
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Amor Proibido - Justin Bieber e Camila Cabello
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