Somente Quatro

Swamp Fever. Plank Country

O número de infectados na área eram bem baixa, havia uma placa pendurada em uma grade próxima a um posto de gasolina escrita " Sem oficiais da CEDA. Sem militares. Fiquem longe. "
- Parece que alguém não nos quer aqui. - Disse Coach.
- Por que querem que a CEDA fique longe? Eles estão tentando nos ajudar. - Sussurrou Nick.
Adentramos no posto de gasolina eliminando uns poucos mortos que ali caminhavam, fui até a bomba de gasolina para verifica-la, mas infelizmente ela já estava totalmente seca. Fomos pela esquerda chegando a um pequeno galpão atrás de um caminhão atravessado na rua, encontrei ali um frasco vazio que peguei e o amarrei em meu sinto. A poucos metros a frente podia ver algumas casas de madeira em meio a grandes árvores que tornavam o cenário da noite um tanto quanto mais sombrio. Quando estávamos indo em direção a uma das casas descendo por pequeno caminho ouvi o som de um arroto muito alto, olhei para todos os lados e não podia ver absolutamente nada. Na minha direita após uma cerca Coach viu um gordo Boomer vindo em nossa direção, com dois disparos certeiros Coach o fez explodir. Pulei a cerca e fui até o Boomer que fez com que todos ficassem confusos, parei próximo ao cadáver do Boomer vendo apenas suas pernas e parte de baixo de sua barriga, encontrei uma camisa velha suja de sangue bem próxima e passai nas tripas do Boomer em seguida torci a mesma derramando todo o líquido no frasco.
- Muito inteligente. - Disse Rochelle observando oque eu fazia.
- Eu fiquei imaginando como retiraram o vômito de um infectado que quer te matar, e a única coisa que pensei foi em extração depois que ele estiver morto.
O suco de seu estômago não deu para quase nada encheu o frasco no máximo em dois dedos. Também o mesmo e o amarrei novamente na cintura. Fomos rumo a mercearia local onde não encontramos absolutamente nada, tudo havia sido levado talvez pelos sobreviventes que ali passaram.
Chegamos ao que parecia ser a rua principal, cercadas por outra mercearia e algumas casas de madeira. Tudo estava bem vazio e quieto, o número de infectados ainda eram bem baixo o que não dificultou nosso caminho, chegamos até uma loja de pescados que estava com suas paredes de madeira toda destruída, ficava frente ao grande rio que separava a vila de Oldalle.
- Temos que chegar ao outro lado. - Disse a eles aponto para o rio.
- Vamos usar esses barcos aqui. - Disse Coach olhando os barcos pendurados um pouco mais ao lado na beira do rio.
- É melhor não, esse rio tem uma correnteza que pode nos arrastar por aí. Tem uma balsa ali ao lado, vamos aciona-la e atravessar coma ela. É bem mais seguro.
Corremos pela beira do rio em busca desta balsa que ficava preso a grandes cabos de aço atravessando pessoas pelo rio, não conseguia tirar os olhos do rio. Me lembrava perfeitamente como suas águas eram cristalinas e esverdeadas. Em algumas épocas podia-se ver uma parte do fundo. Agora as águas estão negras e densas como fossem apenas lama ou algo assim. Logo chegamos e pequena balda que logo foi acionada por mim, ouvimos um grande som de metal e ela então começou a ser puxada até nos, o som chamou a atenção de uma horda de infectados que foram furiosos até nos, Nick encontrou uma pequena sub metralhadora sobre a mesa com um pouco de munição, ficamos parados próximo ao uma placa dizendo para tomar cuidado com jacarés no rio.
De onde estávamos apenas atiramos nos infectados que corriam contra nós, não tivemos dificuldades de mante-los afastados. De repente um jato verde cortou meu campo de visão e quase me atingiu no peito, quando olhei pra o líquido vi que era ácido então pude ver uma Spitter sobre o teto de um armazém dando seus berros irritantes. Com dois disparos da minha 38 a derrubei, Coach teve seus pés um pouco queimado pelo o liquido, mas nada grave. A minha esquerda havia apenas mato então nem notei a aproximação de um Smoker que puxou Nick até encostar na cerca de madeira, assim que pode deu três socos na cabeça de Nick que o deixou atordoado. Coach matou o infectado enquanto Rochelle retirava Nick da língua do monstro. O tempo foi passando e o número de zumbis apenas aumentou, quando a balsa chegou bem próximo de nós pude ver um Charger correndo em direção a nós:
- CHARGER!! - Berrei na tentativa de alertar a todos, mas somente Rochelle saiu de sua direção.
O monstro acertou em cheio o peito de Coach e o empurrou até o rio fazendo-o cair. Nick também foi atingido e arremessado para dentro d'água, a pequena balsa encostou na borda onde rapidamente eu e Rochelle subimos, ficamos freneticamente berrando aos dois que nadassem para a balsa. Rochelle estava atirando nos infectados que tentavam nos pegar enquanto eu buscava atirar no Charger que havia caído com Coach e apenas encontrei seu cadáver boiando próximo onde Coach estava.
Nick rapidamente conseguiu chegar até a balsa, nos demos conta que seria mais rápido se levassemos a balsa até onde Coach estava então eu a liguei. Ela começou a se mover rapidamente enquanto eu via vários infectados correndo para tentar nos pegar, todos estavam caindo na água e se afogando e por um momento eu pensei que o Hunter que saltou em nossa direção nos pegaria, mas ele também caiu no rio. Quando faltavam poucos metros pra chegarmos em Coach vimos a água se agitar repentinamente que fez com que Coach parasse no mesmo instante. Ficamos todos preocupados e eu particularmente estava curioso, mas minha curiosidade não durou muito pois logo um grande surgiu puxando o corpo do Charger para o fundo e um segundo surgiu indo em direção ao Coach que nadou as pressas para a direção contrária à da balsa, já que se nadasse para a balsa seria pego pelo animal.
Preocupados com Coach eu e Nick atiramos contra o bicho, tenho certeza que acertei os disparo, mas o animal agia como se nada tivesse acontecido. Sem demora Coach chegou a terra firme, por conta da neblina ele sumiu de nossas vistas eu apenas consegui ver o momento em que o jacaré subiu em terra atrás de Coach e o grandalhão gritando por ajuda. Em poucos segundos também chegamos em terra e logo saímos da pequena balsa e fomos em busca de Coach que estava trancado dentro de um banheiro de madeira com a porta fechada enquanto o jacaré estava parado em frente à porta de boca aberta, acabei com as balas que estavam na arma e acabei acertando vários disparos na boca do animal que agonizou de dor, Nick então descarregou meio pente na boca do bicho enquanto eu recarregava e quando por fim terminei o animal já estava morto. Coach então saiu do banheiro.
- Quase que você não consegue chegar a tempo no banheiro hein. - Deboxei dele.
- Isso não tem graça essa merda de jacaré estava afim. Me perseguiu e tudo. - Respondeu Coach.
- Estranho..- Disse Nick olhando a pele do animal morto no chão, deu dois pequenos socos em suas costas que ecoaram como se socasse uma parede. - Parece uma carapaça.
- Essa é uma espécie nativa, jacaré tartaruga. - Continuei com meus comentários sem nexo enquanto olhava pela redondeza.
Rochelle que estava a beira do rio veio até nos com algumas garrafas de água vazia da marca Water Fresh.
- Olha o que encontrei.
- Parece que receberam esta água aqui também. - Comentou Coach.
- Sim, mas nao beberam. Despejaram no rio. Por isso a pele desse jacaré ficou tão dura assim. - Disse Nick vendo as nossas balas pressas nas costas do animal.
- Será que foi uma boa termos nadado ali. Vamos virar infectados?
- Acho que não Coach. Se não bebermos está tudo certo.
- Vocês só vão ter a super-pele. Pense positivo, isso seria útil agora no apocalipse.
- Vamos por onde agora tagarela? - Me perguntou Nick
Coloquei meu dedo indicador na boca e apontei para o céu, esperei alguns segundos e apontei pra uma estreita passarela de madeira que estava um pouco afundada em uma poça de água.
- Por ali.
Seguimos por ali eliminando alguns infectados que cruzavam nossos caminhos, não demorou muito e chegamos a uma pequena cabana de madeira onde lá Coach encontrou uma serra elétrica que seria muito útil já que ele perdeu todas as armas quando caiu no rio. Eu encontrei próximo a uma caixa de papelão uma faca que fiz questão de pegar logo:
- Uma pexera !
- Uma o que? - Perguntou Rochelle confusa
- Uma faça grande. Esses caras do interior inventa cada nome. - Respondeu Nick sem nem ao menos nos olhar. Ele parecia estar olhando por toda a passarela que já estava bem alta onde estávamos.
- Temos que ir por ali. - Disse a ele indicando o caminho com a cabeça.
- E o que tem lá? - Apontou Nick para um caminho um pouco mais a direita.
- Apenas bancos para piqueniques, quer ir lá?
- Não valeu.
Todos saímos da cabana de madeira e seguimos reto até chegar em uma área coberta onde Rochelle encontrou um Rifle sobre a mesa, rapidamente ela o pegou apenas guardando em seus costas pela alça. Descemos uma escada de madeira ficando em uma pequena plataforma onde havia um galão com gasolina que Coach logo o pegou e usando mato amarrou em suas costas. Olhei por toda a volta e podia ver que a água havia subido, chegamos pós maré cheia.
- Quando a maré subiu tenho certeza que devem ter passado o maior sufoco. - Disse mais para mim mesmo.
Entrando na água onde ela batia mais ou menos em nossos joelhos, exceto em Coach que era mais alto que nós. Alguns infectados surgiram do meio das árvores sabe-se lá de onde, Coach com sua serra os abria no mesmo como se fosse jacas podres. Estávamos cercados de árvores vendo apenas um caminho de madeira no chão, tábuas sobre a terra. Ouvíamos infectados de todos os lados e não conseguíamos ve-los direito, pois o pântano era muito denso. Caminhamos alguns metros e pude ver uma entrada com a porta de metal onde todos correremos para chegar até ela. Nick foi o primeiro a adentrar seguido de Rochelle e Coach, saiu que cheguei bem próximo a porta um Smoker me enrolou com sua língua. Usei o máximo de força possível para não ser arrastado, mas era quase inevitável o infectado tinha uma força fora do normal.
- Mas que inferno !
Nick estendeu a mão e eu a segurei, com minha força e a de Nick consegui dar alguns poucos passos até a porta, no máximo cinco passos e foi então que Coach usou sua serra separando a língua do corpo do Smoker que já liberou uma quantia considerável de fumaça, entrei e Rochelle trancou a porta.
- Que infectados malditos. Eu odeio eles.
- Todos nós odiamos eles Ellis, me fala. Estamos longe?
- Um pouco, é melhor seguirmos... - Fiquei então meio cabisbaixo.
- O que foi Ellis? - Me perguntou Rochelle.
- Nada.
- Tem certeza?
- Eu não esperava que essa área estivesse afetada.
- Ainda há esperanças Ellis. Tem infectados, mas não tanto. Comparados ao hotel e aquele parque maldito, passamos bem menos sufoco, quase não tem infectados.
O que Rochelle me disse até que me animou um pouco, então apenas sorri.
- Vamos indo Ellis. - Disse Nick.
- Não podemos, já está escurecendo. Não vamos conseguir ver nada no escuro do pântano. Vamos dormir aqui, amanhã de manhã saímos.
Todos se entreolharam e mantiveram um silêncio, mas concordaram.