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-Ei! -Arthur apressou os passos pelos corredores do colégio ao avistar Julia.
-Oi. -Sorriu quando ele a alcançou.
Os dois caminharam juntos até a sala de aula.
-O que fez nesse fim de semana, senhorita?
-Internet, e você?- riu.
-Nada além de pensar em você.
Julia parecia não saber como lhe responder.
-Tô brincando! - falou a cutucando e torceu para que ela entendesse que naquela frase não tinha nada de brincadeira.
-Cê sempre tá. -Sorriu sem jeito.
-Quase sempre. -corrigiu.
Um homem com uns cinquenta anos entrou na sala.
Era Manuel, o professor de História.
Ele começou a sua aula, com um entusiasmo impressionante durante todos aqueles minutos.
-E qual é a sua opinião, professor? -um aluno da segunda fileira perguntou.
-A guerra é o jogo mais idiota que a humanidade criou. -Concluiu, depois de refletir alguns segundos.
-Mas professor, sem a guerra, como é possível haver paz?
-A paz está dentro de nós, e não naquelas armas que são criadas para destruir.
Julia sorriu ao ouvir aquilo, achou interessante.
Quando percebeu que a garota sorria, Arthur fez o mesmo.
Ela não tinha ideia do quanto ficava linda com aquele sorriso.

-

Isis preparava-se para o seu teste.
Entregaram para ela um texto com as falas de um livro que ela conhecia, mas no momento não lembrava o nome.
Estava sentada confortavelmente em um sofá junto com outros alunos.
Eles pareciam nervosos.
Meia hora após sua chegada, ouviu uma voz feminina chamar por seu nome.
Ela foi levada até uma sala bem iluminada.
Uma moça estava sentada a sua frente.
-Prazer, Isis. Sou o que vocês chamam de professora; meu nome é Arielle.
Isis assentiu sorrindo.
Pegou o papel com o texto que haviam lhe entregado há algumas horas.
-Eu gosto de pessoas criativas, quem têm a capacidade de improvisar.
Ah, Isis... Agora você é uma garota que acabou de terminar o namoro, mas sente que ainda precisa ser amiga dele.
Pronta para convencê-lo?
A garota tomou fôlego e começou a falar.
-Nós podemos recomeçar a história de um jeito diferente agora, um jeito novo.
Não faça como as outras pessoas, não esqueça do que realmente significamos.
A gente não precisa ter mais medo de nos machucarmos.
Lembra que sempre fomos amigos?
Quando Isis finalmente acabou, Arielle sorria.
-É, ele vai ser o seu amigo. E você vai ser nossa aluna, combinado? Eu gostei.
Agora o próximo, por favor.
Enquanto Isis se direcionava a porta de saída viu entrar um garoto alto e cabelos negros.
Ficou um pouco surpresa ao ver o seu rosto.
Fernando.

O Recomeço #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora