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Depois do curto relacionamento com Ju, e posteriormente o envolvimento de apenas uma noite com Isis, Fernando não ficou com mais ninguém.
Talvez por que não quisesse, ou fosse por falta de oportunidade.
De certa forma, ele ainda pensava em Julia e se perguntava se ela fazia o mesmo em relação a ele.
Também não entendia como Isis encarou com tanta naturalidade aquele "eu conheço você?" que ele soltou em frente ao colégio.
Fernando era de fato um completo idiota.
E só agora aparentava ter plena consciência disso.
Mas também, aquela conscientização poderia ser momentânea.

-

Arthur tentava se concentrar em outra coisa que não fosse relacionada a Julia.
Era sábado, e ele esteve na companhia da garota no dia anterior.
Porque sentia tanto sua falta?
Essa era uma das perguntas que ele não conseguia responder.
Talvez não precisasse de respostas.
Talvez precisasse somente dela.
Junto com aquele sorriso que costumava carregar no seu rosto quase sempre.
Era lindo o jeito como ela sorria.
-Ce tá com cara de retardado, mano. -Italo constatou, rindo.
Arthur percebeu que sorriu somente em lembrar do tal sorriso encantador.
Acabou rindo também.
Isso, riu de si mesmo.
Sentia-se bobo.
E principalmente, sentia-se bem.
-Devo estar mesmo com cara de retardado. -admitiu dando de ombros.
-Eu não sei se você tá ou se você tem.
Italo repetiu o gesto do amigo, o fazendo rir.
-Tem razão, te deixei realmente confuso.
-Cara, eu nasci desse jeito. Um pouco a mais de confusão não faz a mínima diferença. Mudando de assunto sobre sua cara de retardado ou sei lá o que, você vai pra festa do Diogo amanhã?
-Não tava nem sabendo.
-Caramba, você nunca sabe de nada que acontece por aqui?
-Não me interesso muito em me interessar por coisas que não são interessantes, não atraindo o meu interesse para que eu não me interesse.
-Wtf? -o garoto olhou para Arthur com uma cara de quem estava mesmo confuso.
-Relaxa, nem eu entendi o que eu disse.
E falando em festa, sabe no que ele pensou?
Isso; Julia e a sua teoria básica sobre as tais comemorações.
Então se rendeu e parou de evitar que seus pensamentos o levassem até ela, já que era algo quase impossível.
Era até um tanto agradável lembrar dela da forma em que fazia.
Era algo indiscritivel, como se crescesse dentro dele, sem que nem ele soubesse do que se tratava.
De toda forma, esperava que a garota sentisse o mesmo.
Afinal, queria simplesmente que fosse recíproco.

O Recomeço #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora