Quando Jimin abriu os olhos, poderia jurar com todas as letras que não poderia ter um dia ruim. Não, não poderia ter um dia ruim com a visão que teve ao levantar as pálpebras.
Taehyung podia ter crescido – física e mentalmente – mas havia uma mania que ele nunca deixara para trás, e nem deixaria, não enquanto Jimin pudesse impedir. Ele dormia calmo, com seus cabelos loiros caindo sobre as sombrancelhas, os olhos fechados como se assistissem a uma serena a chuva. Usava um pijama fino azul com desenhos de foguetes vermelhos, abraçava uma pequena pelúcia de ursinho e mantinha na boca uma chupeta, como as que as mães compram para os bebês antes mesmo de nascerem.
Taehyung tinha essa mania de parecer um bebê enquanto dormia. Em todos os aspectos.
Jimin não conseguia parar de sorrir. Ele fez carinho nos cabelos do garoto enquanto admirava a cena á sua frente. Como Taehyung podia ser tão criança e tão grande ao mesmo tempo?
Infelizmente, cedo ou tarde, Jimin teria que sacrificar aquela linda visão.
— Tae...Tae. Bebê. Acorda. — Jimin disse, beijando a testa do irmão e sacudindo bem de leve seus ombros. Taehyung abriu os olhos devagar e deu leves piscadelas, antes de esfregar os olhos ainda com aquela chupeta na boca. Jimin estava prestes a ter um ataque e começar a morrer no chão como um fanboy.
— Bom dia, Chimie. — Taehyung sorriu, finalmente tirando o bico de sua boca e se espreguiçando, enquanto olhava para as cortinas fechadas e o rosto sorridente de Jimin.
— Bom dia, TaeTae. — o ruivo sorriu, lhe dando um beijo na bochecha. — Não me leve a mal, eu ia adorar te deixar dormir e ir pra escola com a imagem do seu rostinho fofíssimo na cabeça mas você tem consulta com o Yongguk daqui a quarenta minutos.
— Tudo bem...Não gosto de acordar tarde. — o loiro disse, fazendo um bico extremamente fofo. Mais um aegyo involuntário daqueles e a alma de Jimin iria dançar macarena ao som de Make Me Wanna Die em território marciano. — Ele vem?
— Não, appa disse que dessa vez você vai ter de ir lá. — Jimin se levantou e foi até o guarda roupa, alcançando seu uniforme mesmo sem a ajuda da luz. — Ele vai te dar uma carona, bebê. Eu te vejo na hora do almoço.
✨💎
— E então, Tae... — Yongguk sorriu. Hoje em dia Taehyung não saberia dizer o motivo pelo qual tinha tanto medo de consultas médicas. Yongguk era o médico psiquiatra mais divertido da Terra. — Como foi a sua semana? Algo ruim aconteceu?
— Eu queimei a minha mão. — o loiro disse, tombando a cabeça e olhando as faixas que envolviam sua pele. — Por causa dele.
Yongguk desfez seu convidativo sorriso.
— Ele vem te perturbando de novo, Tae? — o mais velho pergunta, se inclinando sobre a mesa. — Desde quando.
— Ele nunca parou. — o loiro se apressou em responder, entrelaçando os próprios dedos. — Tenho medo de que ele machuque o Chim, ou o appa.
— Tae...
— Eu sei que ele é coisa da minha cabeça. Eu sei. — murmurou, interrompendo qualquer fala que viesse a seguir. — Mas ele ainda tá vivo, não é? Eu posso estar certo.
Yongguk suspirou.
— Tudo bem. Talvez você esteja. — disse o médico, revirando os olhos. — Você se sentiria melhor se eu fosse até a cadeia atrás dele? Garantisse que ele fique lá.
— Meu pai podia fazer isso, mas...Sim. Eu me sentiria. — Taehyung respondeu, mexendo nas próprias mãos.
— Tudo bem. Eu vou fazer isso pra você. — disse o mais velho. — Você tomou os seus remédios hoje?
— Sim. — respondeu o loiro, levantando o olhar. — Afinal eu posso apanhar seriamente se não tomar. O Jimin às vezes consegue ser bem mais agressivo que o normal comigo.
— Entendo... — Yongguk revira os olhos. — De qualquer modo, eu que peço para que ele fique de olho em você. Você precisa.
— Ah...É, eu sei disso. Enfim. — Taehyung esticou as pernas, tombando a cabeça para o lado.
— Falando nisso...Como anda a sua relação com o Jimin? — perguntou Yongguk. — Quer dizer...Você sempre me fala do Jimin de alguma forma involuntária. Hoje você só tocou no nome dele pra dizer que ele pode ser agressivo.
— Ah...Não é nada do que você está pensando. Não. Nunca. — Taehyung se apressou em negar com a cabeça. — Se estiver pensando que o Jimin me faz mal. Nem no sétimo inferno.
— Se não é o que eu estou pensando, então deve ser alguma coisa.
— Tem uma coisinha me incomodando.
— Pode me falar. Eu estou aqui pra isso. — Yongguk gesticulou para que Tae falasse.
— Não...Não me sinto muito à vontade falando sobre isso. — Taehyung coçou a cabeça, até lembrar que Yongguk poderia realmente ajudar a resolver ou até mesmo parar aquela sensação. — É que...É que o Jimin sai com muita gente.
— Já ouvi falar da reputação do seu irmão. — o mais velho fez que sim vom a cabeça.
— Pois é. Isso me incomoda. — Taehyung disse, enfatizando o "isso". — De algum modo...Não sei. Mexe comigo. Me deixa triste.
— Ah. Entendi. Entendi totalmente. — Yongguk franziu o cenho. Na verdade precisou de alguns minutos para entender tudo. Já que não só Taehyung como Jimin falavam sobre com ele. Mas ele conseguiu chegar a uma conclusão. — Acha que gosta dele, Tae?
— Eu tenho certeza, hyung.
Yongguk negou com a cabeça. Taehyung não havia entendido a pergunta.
— Por que não tenta falar que isso te incomoda pra ele?
— Porque eu não quero atrapalhar nada. Mais nada. Eu já atrapalho demais. — negou com a cabeça. Yongguk iria dizer algo em resposta, mas o horário da consulta havia acabado.
✨💎
oi oi oi gente
desculpem se demorei muito, é que eu não posto um capítulo sem ter o próximo pronto sksjsj
gostaria de lembrar aqui que o taehyung é meio "isolado" do resto do mundo, ou seja, ele não sabe muito bem diferenciar sentimentos e muito menos o conceito deles. ele não entende bem essas coisas.
JURO que os vmin moments estão chegando, sim? como eu disse, essa parte chata é necessária.
gostaram? :33333
qualquer coisa, @trexzpass no twitter <3
Xx, Mak

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canvas ¡! vmin
Fanfictionquando um garoto de apenas sete anos não tem família alguma além de seu pai, ele começa a se sentir sozinho. Mas há uma pequena chance de este garoto ter muita sorte de ter um pai policial, receber uma vítima de estupro em casa, e acabar fazendo des...