Jimin não sabia o que fazer, o que dizer ou como reagir. Sabia só que Taehyung não estava inteiro, não estava intacto, não estava bem. E ele se odiava por isso. Não estava emocionalmente estável pra consolar o loiro sem ele mesmo acabar caindo no choro. Era tão idiota, mas tão idiota, que por um momento pensou em ir embora com Jihun.
Mas não ia ter coragem de deixar Taehyung sozinho aqui.
— Bebê...? — ele entrou no quarto do hospital, devagar. Jungkook preferiu ficar de pé do lado de fora da porta, pois tudo que eles menos precisavam era que Taehyung se assustasse. Jimin deixou a porta encostada e se aproximou da maca. — Bebê...Sou eu, o Chim.
Taehyung se atreveu a abrir os olhos. Esse era o nome que ele mais queria ouvir. Chim. Ele queria se sentir seguro, queria se sentir bem. Não queria se sentir sujo como estava se sentindo. Se sentia como um pano de prato que uma criança de nove anos usa para limpar o leite ou o refrigerante derrubado no chão, e depois era jogado de qualquer jeito no tanque da área de serviço, e ali ficava, sujo, molhado, até que alguém por obséquio resolvesse o lavar.
Jimin era o irmão responsável da criança inconsequente que, vendo o pano em cima do tanque, o lavava, o secava e o dobrava gentilmente em uma gaveta quentinha.
— Chim! — ele se sentou na maca, e Jimin sentiu garras fundas e afiadas furarem seu coração quando focalizou a visão. Taehyung estava ligado a dezenas de aparelhos. No seu rosto, mais pálido do que o normal, haviam três cortes e duas regiões roxas, e mais abaixo, em seu pescoço, uma marca que o rodeava por inteiro, indicando tentativa de enforcamento. Havia uma marca vermelha de exatos cinco dedos de uma mão na sua bochecha esquerda, e mesmo assim, tendo Jimin em sua frente, seus olhos brilhavam e ele sorria.
— TaeTae. — Jimin correu até ele e, com jeito para não machucá-lo, o envolveu em um abraço desesperado e fez carinho em seus cabelos loiros. — Meu bebê...Meu...Me desculpa.
Jimin sentiu as mãos e unhas de Taehyung cravarem nas suas costas e seus ombros, e teve certeza de que a situação era crítica. Porque o mais novo parecia desesperado pra se segurar em alguma coisa, alguma coisa boa, alguma coisa confiável.
— Eu fiquei com...Eu fiquei com tanto medo... — o loiro dizia, enquanto lacrimejava no ombro do irmão. — Vocês disseram que ele tinha ido embora, Chim...
— Agora ele foi. Agora ele foi, eu te juro. Ele não vai mais tocar em você. — Jimin o balançou nos braços, com os olhos fechados. — Ninguém mais vai tocar em você. Eu vou te proteger, e vou cuidar de você de todos os jeitos possíveis. Você é a minha família. É tudo o que eu tenho. É meu anjo, ouviu. Meu bebê. E a partir de hoje, eu vou quebrar o braço de quem ousar tocar no meu bebê.
💎✨
eu sei q vcs querem me matar entao tomem um vmin maravilhoso
xx, mak

VOCÊ ESTÁ LENDO
canvas ¡! vmin
Fanfictionquando um garoto de apenas sete anos não tem família alguma além de seu pai, ele começa a se sentir sozinho. Mas há uma pequena chance de este garoto ter muita sorte de ter um pai policial, receber uma vítima de estupro em casa, e acabar fazendo des...