Notas da AutoraAproveite cada segundo de vida, de valor a quem te ama, as oportunidades podem não voltar!!
Eu poderia perder tudo na vida se seu amor morasse em mim, eu viveria na rua, faria do banco da praça meu lar se seu colo fosse o meu travesseiro, eu só não poderia perder você, eu só não suportaria acordar de manhã e não dá de cara com o seu sutiã jogado pelo quarto, a sua prancha na tomada da tv, e o seu urso de pelúcia que eu te dei naquela loja de conveniência dividindo a cama com a gente.
- Quantos minutos são necessários para se esquecer um segundo? Helena vai até o carro cambaleando e pega o celular.
- PAII.
- Helena ? - Responde Carlos.
- PAI ME AJUDA!!!
- Helena onde você está?
- O que está acontecendo ??? - Pergunta Laura.
- Filha eu preciso que você ligue o carro, apenas coloque o pé no freio e aperte start, você pode fazer isso por mim? - Carlos começou raciocinar, abriu a segunda gaveta do criado mudo e pegou o alarme de sua Mercedes.
Helena não conseguia ligar o carro, só conseguia pedir ajuda
- PAI ELA MORREU! A JHENNY MORREU!
- Carlos para no meio do quarto e engole seco, seu coração começa a bater lentamente, ele não sabe o que aconteceu, um acidente de carro talvez.
Carlos tira o celular do ouvido se volta para Laura.
- Rastreia o celular dela!
- Já estou fazendo isso - Diz Laura sentada à mesa ligando seu mecbook.
- PAI ELE A MATOU, ELA MORREU O QUE EU VOU FAZER PAI? - Helena está sentada no chão ao lado do carro, seu choro ecoa dor e desespero, a imagem do carro descendo o penhasco se refaz em sua mente, sua garota se sacrificando por todos que ama "Ela não vai voltar, você não sabe como essa guria é, ela é mais teimosa que uma mula" seu coração não vai se acalmar, ela não quer viver, " Isso é de mais pra mim" diz aos céus "Se o tempo voltasse eu cuidaria melhor de você, isso é minha culpa, eu não deveria ter deixado você voltar para lá"
- Ela está na rodovia Presidente Dutra, na altura 116, o que essa garota está fazendo lá? - Questiona Laura.
- Sua filha está desesperada precisa de você, não ouse Laura, ser mesquinha a esse ponto.
- Eu vou ficar, não quero ir!
- Ótimo! - Diz Carlos saindo às pressas, quando desce as escadas da de cara com Henrrique no "Pé" da escada.
- Pai, eu quero ir ajudar a Helena! - Carlos apenas pegou seu casaco em cima do sofá.
- Vamos filho! - dirigiram a 110 km por hora, furando todos os semáforos, no caminho Carlos foi ligando para seu amigo Delegado da 67 DP.
- Eai Carlos, como você está!
- Boa noite Alcantara, preciso da sua ajuda!
- Pode falar!
- Minha filha sofreu um acidente na rodovia Presidente Dutra altura 116, preciso do seu apoio!
- Irmão vou acionar uma ambulância do pronto socorro mais próximo do local, como é um local afastado da área urbana creio que demore um pouco.
- Alcantara preciso do seu apoio, ouve uma morte e eu não sei até aonde minha filha está envolvida.
- Aí as coisas mudam de figura, vou acionar a polícia rodoviária, chego em seguida amigo!
Gabriel Alcantara é um amigo de longa data de Carlos, os dois estudaram juntos desde o ensino fundamental, cursaram a mesma universidade, no fim acabaram seguindo carreiras diferentes mas apesar da distância os dois continuam parceiros e irmãos.
Carlos dirigiu desesperadamente para a localização da filha, Henrrique no banco do passageiro, tentava ligar para Helena sem parar.
Helena ainda estava sentada no chão ao lado de seu carro, tentando entender como tudo aquilo havia acontecido, as coisas fugiram do controle, e ela a perdeu, Dentro de 45 minutos Carlos à vista uma fumaça, vindo de um penhasco, ascendeu o farol alto e viu o carro da filha parado mais à frente, seu coração passou a bater lentamente, queria chorar ao ver sua filha jogada ao lado do carro com as mãos elevadas a cabeça chorando desesperadamente.
Estacionou no acostamento, Henrrique saltou do carro e correu até sua irmã, parou na frente dela e sentou ao seu lado, apenas a abraçou forte, Helena chorando o abraçou de volta, do outro lado seu pai sentou ao seu lado oferendo-lhe colo, Helena o olhou nos olhos " Pai, ela morreu e a culpa é minha"
Seu pai sentiu a dor que invadia o peito de sua filha, sentiu sua perda e chorou junto discretamente, não fez perguntas, só se ofereceu para chorar junto à perda do grande amor de sua filha.

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A garota do bar
RomanceCom 21 anos Jhenny Fricker trabalha em um bar balada de classe média alta no centro da cidade de São Paulo, tentando juntar dinheiro para cursar a faculdade que sempre sonhou, em uma noite qualquer se depara com Helena Marinho, uma jovem linda de...