Megan
Sinto algo fazendo cócegas no meu rosto e eu acabo acordando. Abro os olhos e vejo que as cócegas eram beijos do homem que está nublando meus pensamentos. Fico rígida. Ele me fita com intensidade, não dizemos nada por um bom tempo, até que me dou conta de que não estou mais na clínica e sim em um quarto com decoração rústica e austera.
- Onde eu estou? - pergunto desnorteada
- Na minha cabana, mais especificamente em meu quarto. - diz ele me fitando.
- Por que eu estou aqui?
- Por que eu a trouxe!
- Isso é óbvio, o que eu quero saber é o motivo. - Ele trinca os dentes.
- Não faça isso. Não vai funcionar.
- O que?! - digo sem entender
- Ser rude comigo na espectativa de que eu me afaste e vá embora. E eu te digo que não vai ter o efeito que você espera. Você é minha,e nada que me fizer vai mudar isso. Eu vou leva-la até sua casa e quero que faça as malas, tu irá comigo para minha alcatéia. - Merda teria que arranjar um jeito de fugir.
- Você não pode... - diz ele como se tivesse lido meus pensamentos
- Sim eu posso, e nem pense em fugir eu moveria céus e terra para encontra-la. - Engoli em seco.
- Venha vou alimenta-la antes irmos ate sua casa. - Fiquei boquiaberta com a audácia daquele homem, mas se ele estava pensando que iria me domar ou mandar em mim, ele estava muito enganado.
- Você não vem? - Bufei e passei por ele sem ao menos olha-lo. Entrando na sala com móveis modernos e sofisticados, vi vários homens sentados outros em pé, pararam o que estavam fazendo e olharam diretamente para mim. Eu pensei em me encolher mas lembrei que se você demonstrar medo é pior. Senti o cara que se dizia meu companheiro atrás de mim, ouvi um rosnado vindo dele e todos os outros abaixaram a cabeça. Tinha que lembrar de perguntar seu nome.
- Gustavo junte todo o nosso pessoal e as pessoas dessa alcatéia e diga que quero todos hoje a meia noite na parte da frente da cabana.
Um cara mediano, não muito musculoso, mas atlético, com cabelos negros, e olhos castanhos-escuros, saiu da sala.
- E para quem não se tocou ainda essa é minha companheira.
Ele passou por mim e se dirigiu até a porta. Olhando por fora vi que o lugar em volta era lindo, como se tivesse sido desenhado por aqueles pintores paisagistas. Seguimos até um carro preto enorme que eu não faço a menor ideia de qual é. Entramos no carro e seguimos por uma trilha até chegar numa estrada de terra.
- Qual é o seu nome? - Ele continuou olhando para a estrada.
- Sebastian, meu nome é Sebastian.
- Hummmm. - Ele se quer perguntou meu nome. Eu já estava ficando nervosa com o silêncio, quando finalmente vi a frente da minha casa, quer dizer minha ex casa já não conseguiria mais ver Nicolas como meu pai porque nenhum pai de verdade faria o que ele fez. Descendo do carro avistei Lucas saindo pela porta. Corri para ele que abriu os braços para me pegar. Ele me girou no ar e voltou a me abraçar. Até que ouvimos um rosnado.
- Tire sua s malditas mãos dela.- Olhei para Sebastian e franzi o cenho, ele olhava para Lucas com uma cara de se pudesse o mataria com apenas o olhar. - Se você não tirar suas mãos da minha companheira eu mesmo os arrancarei. Ela é minha.
- O gênio esse é o meu irmão não precisa dar showzinho de possessividade. - Depois disso entramos para dentro da casa e eu estremessi ao lembrar o que meu pai tinha deixado o Alfa fazer comigo.
- Ninguém nunca mais irá tocar num fio de cabelo seu.
Seguimos eu, Lucas e Sebastian para o meu quarto no segundo andar. Peguei a mala em cima do guarda roupa e começei a jogar minhas coisas dentro.
- Você vai embora?- Lucas perguntou e eu olhei para ele vendo seu rosto angustiado.
- Vou, desculpe Lucas eu não vou ter estômago para conviver com o papai depois de tudo. - Suspirei. - Eu sei que errei ao matar o pai da Alexa, mas não consegui conter o lobo dentro de mim.
- Então me deixe ir com você.
- Eu...
- Ela não pode leva-lo, você ainda é muito novo e não se transformou, as leis da nossa raça não permitem que você vá embora. - Sebastian sentenciou.
Lucas me olhou com tristeza e abaixou a cabeça.
- Eu não quero ficar aqui, não com ele. - Ele disse com a voz embargada. - Fui até ele é o abraçei.
- Sinto muito.
Terminando de colocar as coisas na mala, puxei-a sem conseguir move-la, de que adiantava ser uma loba se não conseguia nem controlar quando eu poderia usar minha super força. Sebastian veio e pegou a mala como se ela tivesse o peso de uma pena e eu me senti inútil e fraca.
- Sua transformação ainda é muito recente com o treinamento apropriado você melhorará.
Descemos as escadas e eu encontrei quem eu menos queria.
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Nos Braços do Alfa #Wattys2016
Hombres LoboMegan é uma loba que está prestes a sofrer a transformação no seu aniversário, e se vê obrigada a ir morar com um pai que foi ausente grande parte de sua vida e uma nova família. No meio disso tudo ela se vê entre dois lobos, e ameaças contra a vi...