Capítulo 15

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Volto aos meus pensamentos, então, é estranho... A única pessoa que pode ter matado minha mulher e os pais da Laura é... A própria Laura... Sim, não faz sentido, afinal ela está sempre pedindo ajuda... Mas... Todas as provas apontam para ela, ela estava lá na cena, estava trancada no quarto junto com a Melissa, mas ela estava com sangue, sangue do pai dela... A faca estava embaixo da cama da Melissa... Mas, uma criança não seria capaz de matar os pais desse jeito, foram 13 facadas em cada um, sendo que a mãe foi estuprada... A questão é... A morte é totalmente ligada a ela, mas o estupro e a tortura só pode ser outra pessoa, uma pessoa mais forte e pelo jeito é um homem, afinal abusos sexuais são ligados, geralmente, ao homem... Enfim, eu preciso resolver isso, se a Laura fez isso mesmo, por que ela matou a minha mulher? Não faz sentido, esse caso não faz sentido, são várias provas que me levam ao nada, ou que me levam a pessoas desconhecidas, sem motivo algum de matar algum deles... Preciso de mais provas, por mais que isso seja horrível eu preciso que ele mate mais alguém para que eu possa investigar, já que, sem provas e sem assassinato eu não consigo pegá-lo...

Fico em pensamentos e vou dormir, esse dia foi pesado...

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O dia amanhece

Narração Laura

Acordo cedo, marco o horário e o local com o Pedro... A Mel mais cedo ainda é foi dar uma volta, acho bom que ela caminhe um pouco, ela não pode ficar tão preocupada assim com o assassino... Ela é frágil, muito frágil...

O tempo passa, eu mando uma mensagem para a Mel e vou de encontro ao Pedro... Chegando lá...

Pedro: Lau, tudo bem? (Ele me dá um abraço, um pouco frio e um pouco preocupado)

Laura: Sim, você que não parece nada bem... O que houve?

Pedro: Eu preciso falar com você, mas primeiro, sente-se (ele aponta para a cadeira)

Laura: (sento-me) agora me conta, o que houve?

Pedro: Laura, vamos primeiro falar sobre seus pais e o assassinato

Laura: Tudo bem...

Pedro: Então me explica tudo, desde o assassinato até agora... Inclusive, se possível, eu precisaria que você pensasse no dia, afinal você estava lá na casa...

Laura: Então, era um dia normal, cheguei em casa, minha mãe já estava lá e meu pai ainda não tinha chego... Eu e a Mel subimos, tomamos banho e voltamos, meu pai chegou, jantamos todos juntos... Aí eu subi com a Mel para dormirmos... Era umas 3 da manhã quando eu ouvi um barulho... Um barulho de um abajur quebrando... Acordei e fui até o quarto de minha mãe... Nem ela nem meu pai estavam... Desci as escadas e quando cheguei na sala eu vi... Eu vi (começo a chorar)... Eu vi minha mãe, minha mãe deitada no chão, chorando muito... Ela estava com a boca amarrada, o resto estava solto, mas ela não se levantava, estava muito fraca para isso... Meu pai estava sentado em uma cadeira, todo amarrado, algo prendia os olhos dele abertos, para que visse minha mãe sofrer (choro compulsivamente), aquele homem estava com máscara e todo de preto... Minha mãe fez sinal para que eu subisse, eu tentei sair de lá, mas aquele monstro me chamou, eu... Eu tentei correr, mas ele me segurou pelo braço e me levou até meu pai, me colocou de frente para ele... Ele chorava e eu também, aí ele me disse que eu podia me despedir do meu pai e depois da minha mãe... (Começo a soluçar)

Pedro: Calma Laura, calma, podemos parar... (Ele me dá um abraço forte)

Narração Pedro

Depois de tudo que ela me contou, eu não posso acreditar que ela pode ter feito isso... Não foi ela, não pode ser ela... Armaram para cima dela, afinal, não é possível... Ela se solta do abraço...

Laura: Podemos continuar outro dia?

Pedro: Claro, é melhor mesmo (dou um abraço nela) quer ir pra casa? Eu te levo de carro.

Laura: Quero, quero sim... Obrigada

Pedro: Imagina Lau... Vamos então?

Laura: Vamos (ela diz limpando as lágrimas)

Eu pago a conta do restaurante e a levo para casa... Chego lá, paro o carro...

Pedro: Pronto, está entregue (dou um leve sorriso para ela)

Laura: Obrigada (ela me abraça forte)

Pedro: Não precisa agradecer, eu nem fiz nada...

Laura: Bem, eu preciso ir... Tchau (ela abre a porta do carro)

Pedro: Laura?

Laura: Sim (ela se vira para mim)

Pedro: (dou um beijo nela) Agora você pode ir

Laura: (ela ri) Tchau (ela sai do carro e entra na casa)

Sinto meu celular vibrar, pego e vejo uma mensagem de um número restrito...

"Pedro... Pedro... Não desconfie dessa mulher Pedro, você acha mesmo que ela seria capaz de cometer aquela atrocidade com os pais e com a sua mulher? Não mesmo... Ela é frágil demais... Agora eu sou capaz, muito capaz de fazer tudo aquilo e sou capaz de te dizer que foi maravilhoso ficar com a sua mulher, ela era incrível Hahahaha"

Não, não... Minha... Minha esposa... Agora ele mexeu com a pessoa errada... Eu vou te pegar e vou deixar você preso pelo resto da sua mísera vida... Vou fazer você pagar por tudo o que fez a mim e a Laura! Por tudo!

Continua...??



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