Capítulo 07

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Eu me viro para ver quem era, e infelizmente vejo que eu não desejava ver... Thomas...

Eu visto minha camisa o mais rápido possível, coloco tudo dentro de minha mochila, mas era tarde.

- Pra que a pressa?? - ele fala.

Eu coloco o restante das coisas na mochila, jogo ela no ombro e olho pra ele. Droga, fico meio desconcertado, ele está sem camisa, apenas com a calça do kimono, vejo seu peitoral e seus braços, seu peitoral peludo, ele está todo suado, eu fico voando com aquela imagem em minha frente, meu deus que cara gostoso. Definitivamente ele é muito gostoso e lindo.

- Tá olhando o que ? - ele fala isso se aproxima e me empurra com o peito me fazendo cair e bater minhas costas no armário e minha mochila voar longe.

- Você tá louco?? - eu falo me levantando.

- Mas respeito! - ele fala rindo de mim.

- Idiota - digo baixo para que ele não ousa.

- O que você falou? -ele fala e vem se aproximando de mim.

- O que aconteceu escutei um barulho vindo aqui de dentro! - o mestre André vem entrando.

Então Thomas passa um braço por meus ombros, meu corpo fica colado no dele. Ele começa a rir alto como se tivesse rindo de algo.

- Nada a gente ta aqui lembrando da época do colegial não é mesmo Arthur? - Thomas fala e olha pra mim sorrindo.

Eu, agora estou entorpecido, ele esta sem camisa e com o braço pelo o meu pescoço sinto os músculos do seu braço por meu pescoço e seu corpo esta colado no meu como se fossemos amigos, seu corpo suado molha toda a minha camisa que estava seca, sinto seu cheiro gostoso entrando por meu nariz, posso sentir seus músculos melhor sem o kimono tocando meu corpo.

- Que bom que vocês estão se dando bem, mas ouvi um barulho o que foi? - mestre André pergunta olhando pra mim, querendo uma resposta.

Eu meio que acordo ao sentir o braço de Thomas apertar com mais força o meu pescoço.

- Ééé... Aaahh é que eu sou desastrado e acabei derrubando minha mochila e ela bateu no armário ai fez esse barulho... - falo o que primeiro vem na minha cabeça.

- Hum - ele olha a minha mochila caída no chão e parte das coisas que estava nela caídas também, ele volta os olhos par nos dois - Thomas, depois quero falar com você sobre o campeonato que você ira participar, certo?

Ele acena com a cabeça e depois me solta e faz a reverencia que se deve fazer para o mestre, eu repito o mesmo que ele fez me sentido aliviado quando me solta, mas logo ele volta o braço por meu pescoço e me traz novamente para próximo dele. Vejo o nosso mestre saindo do vestiário e o Thomas aperta mais o braço por meu pescoço. Fico sem folego, tento me afastar dele, mas não consigo.

- Calado viado, filha da puta! - ele fala com sua boca colada no meu ouvido, sua barba toca a pele do meu rosto e me espeta a cada palavra que sai da boca dele - Muito bem, não me entregou, gosto de você assim, bem submisso, sabe que se você disser uma palavra do que eu faço pra recordar nosso tempo de escola aos outros, você vai se arrepender disso para resto da sua vida! - seu hálito quente esquenta minha orelha, e suas palavras fazem eu encolha levemente de medo.

Ele me solta, apanho as coisas que caíram da minha mochila e vou saindo de cabeça baixa, com os olhos cheios de lagrimas.

- Ei onde você vai? Não ta esquecendo de nada? - ele fala e faz uma leve reverencia para que eu faça para ele.

O ódio sobe por dentro de mim e uma lagrima desce pelo meu rosto sem minha permissão. Ele vê isso e sorri largamente e ao me ver fazendo a reverencia seus olhos brilham.

- Muito bem! Gosto de você assim obediente! Ate nosso mestre mandou você me obedecer, muito bem Arthur! - ele fala sorrindo.

Saído de lá o mais rápido que eu posso, pelo caminho de casa algumas lagrimas de raiva insistem em cair. Chego em casa vou direto para o banheiro, abro o chuveiro com a agua morna deixo ela lavar meu corpo por alguns minutos acabo não aguentando e começo a chorar. Que merda minha vida se tornou, só faço sofrer e apanhar, por que eu simplesmente não digo ao mestre André como Thomas me trata! Porque sou tão mole! Mas também o que adiantaria eu dizer ao mestre, eu... Um mero iniciante e Thomas o queridinho do mestre, o melhor nas competições, o homem que trás com seus prêmios mais fama para academia e para o mestre. Não iria adiantar de nada, a minha única chance seria eu implorar para sair dessa aula, mas sei muito bem que papai não ira deixar... Ou seja estou acabado!

Saio do banheiro um pouco melhor depois do banho, apesar de me olhar no espelho e me ver acabado com dor no corpo, principalmente no braço, meu rosto está triste, definitivamente eu estou acabado. Mas ainda tinha aula, comi algo e fui direto para a faculdade. As aulas passam rapidamente, saio antes do fim da ultima aula para não encontrar o Herlon. Em casa, vou direto pro meu quarto, depois alguns minutos minha irmã entra no quarto, eu tiro os fones ouvido e ela se joga na minha cama e me abraça.

- O que foi agora? Cuidado que estou todo doido! - eu falo brincando.

- Nada, e ai como foi à aula hoje? - ela fala.

- Qual das duas?- falo mostrando uma macha roxa no meu braço.

Ela começa a rir e responde:

- As duas ué?

- A facul foi normal, sai mais cedo para não encontrar com o Herlon, quanto a outra, um saco só faço me machucar e ainda tenho que aturar o idiota do Thomas, meu "colega " do colégio. Simplesmente um saco!

- Era aquele que vivia batendo em você? - ela a fala rindo.

- É ! Saco odeio ele!

- Há mas isso foi a séculos, e ele já deve ser um adulto! Não vai mais bater em você, ne? - ela fala.

- É, se você diz?

- Simmmmm!!! Adivinha quem vem passar uns dias aqui em casa? - ela fala.

- Quem???? - eu falo.

- Tio Rodrigo! Lembra dele?

- Claro que lembro, faz tempo que não o vejo ficou na fazenda dos nossos avos, a gente não o vê desde que era criança não é? Também odeio mato! Nunca faço questão de ir pra lá quando o Papai chama!

- Eu também odeio mato!

- Droga! - eu falo respirando fundo.

- O que foi?

- Mais um homem machista aqui em casa, não basta o papai e o nosso irmão e agora vem o irmão mais novo do nosso pai pra cá! Se minha vida já estava ruim, agora... Mas o que ele veio fazer aqui?

- Não sei direito, parece veio fazer umas compras pra fazenda, não sei, bom o que eu sei é que ele chega amanhã!

- Ótimo! - falo - Pelo menos só iram ser alguns dias!

Converso um pouco com ela depois vou dormir, eu estava acabado.

Pela manhã vou para a cozinha tomar o café da manhã, ao entra na cozinha dou de cara com Tio Rodrigo. Ele está de bota, uma calça bem apertada com um cinto com fivela bem grande, uma camisa com os 3 primeiros botões aberto mostrando parte do seu peito e pra completar um chapéu. Sua aparência era de um típico cowboy, seu corpo é musculoso devido ao trabalho no fazenda, sua pele morena devido ao sol além de sustentar um cavanhaque que sinceramente o deixava muito bonito. Ele realmente era muito bonito, não lembrava dele assim, lembro vagamente dele na fazenda acho que com uns 19 anos, eu tinha uns 8 ou 9 anos, hoje ele tem seu 36 anos e mudou muito, só que para melhor.

DOMINADO (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora