The Shamy Locomotive

...

- Onde estava? – disse Cooper, impaciente e com os braços cruzados.

- No bar do Cheesecake Factory com Penny e Bernadette.

- Ok. Podemos entrar? – ele apontou para a porta, vendo que ela ainda não se manifestou em pegar a chave para abri-la.

Amy estreitou os olhos e cruzou os braços.

- Para quê, exatamente? – o encarou.

Sheldon levantou as sobrancelhas, enrugando a testa. Como se fosse óbvio sua presença a essa hora.

- A resposta é não. – bufou ela.

- O-O que? Por quê?

- Sheldon, eu não vou fazer parte dessas suas maluquices.

- Maluquices? – ele arregalou os olhos, se sentindo ofendido. – Sabe muito bem que isso pode ser possível. Eu tive grandes idéias fervilhando no meu cérebro depois do clímax de nossos coitos.

- Mas você exagera demais. – disse ríspida. – Olhe para você! Parece que não dorme a dias. Está usando a mesma camisa de ontem. – apontou para ele. – Você está fazendo como fez com a ansiedade. Sheldon, entenda que suas idéias vem de você mesmo, e não de estímulos artificiais.

- Mas eu...

- Não! – ela o interrompe. – Não vou ser sua cobaia nisso. Eu sou um ser humano, eu tenho sentimentos. – franziu o cenho com raiva.

Sheldon pestanejou e trincou a mandíbula. Amy bufou, pegou a chave na bolsa e enfiou na fechadura da porta.

- Acho melhor você ir embora. – ela murmurou baixo.

- Amy...

- Não, Sheldon. Eu já disse. – o interrompeu novamente, abrindo a porta.

- Não é isso. É que eu preciso de uma carona. – disse desviando o olhar. – Leonard me deixara aqui e foi jantar em um restaurante.

- Vá de táxi, ué.

- É que – bufou. – eu esqueci minha carteira.

Amy o encarou por uns segundos.

- Gênio. – revirou os olhos.

Trancou a porta novamente e foi para o estacionamento com ele. Entraram no carro e Amy dirigiu pelas ruas. O clima estava mais estranho do que o normal, Amy o olhava, virava a cara e bufava. Sheldon mantinha o rosto reto, às vezes a olhando pelo canto dos olhos percebendo sua inquietação.

- Pensei que gostasse da nossa nova relação mais intima. – ele murmurou sem fazer contato visual.

- No inicio foi perfeito, mas você estragou tudo. – apertou o volante, emanando raiva.

- Ouça – dessa vez ele a olhou. – Eu ainda acho o coito desconcertante e desnecessário. Depois que fizemos pela primeira vez eu – engoliu seco. – me senti um pouco desconfortável. Porém eu descobri uma forma de usa-lo para algo útil, meu cérebro se ligou a essa parte inabitável para alguma coisa boa.

- Não seja tolo, Sheldon. – Amy acelerou em um semáforo vermelho.

Sheldon se agarrou no banco com a arrancada, assustado.

- O sexo se deve ao prazer compartilhado. Se queria encher sua libido, por que não se masturbou?

- Não! – a encarou incrédulo. – Isso é grotesco.