The Mini-Cooper Interruption.

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Leonard pegou o carro e começou a dirigir por ai. O primeiro lugar, óbvio, foi a estação de trem, vasculhou todo o lugar e até mesmo perguntou aos guardas por um homem com as características do amigo, mas nada. Foi em algumas estações próximas e também não o encontrou. Voltou e passeou com o carro por quase o bairro inteiro, e nenhum sinal de Sheldon. Enviou uma mensagem para Penny e ela o informou que o amigo ainda não havia voltado para casa. Uma hora depois, já quase desistindo e pronto para voltar para casa, seu estomago roncou de fome. Ele estacionou o carro em uma rua atrás do CheeseCake Factory e caminhou para chegar a entrada. De frente para a portaria da lanchonete ele viu um rapaz sentado no banco do ponto de ônibus.

- Não pode ser. – olhou duas vezes.

Leonard atravessou a rua e constatou ser mesmo quem procurava.

- Sheldon! – se aproximou. – Eu te procurei por toda parte.

Sheldon levantou a cabeça, sonolento e apertou os olhos.

- Olá Leonard. – disse com a voz arrastada, dando um sorriso bobo.

- Você está bêbado? – franziu o cenho.

- É claro que não. O barman me deu uma bebida quente e disse que meus problemas desapareceriam. – riu. – E ai, puff! Eu nem precisei fugir.

- Sheldon, você está bêbado. Venha, vamos tomar um pouco de água para ver se isso passa. – agarrou no braço dele e o fez levantar.

Sheldon o acompanhou, trocando as pernas e costurando a rua, demorando mais tempo do que deveria para apenas atravessar a rua. Leonard o fez beber bastante água, e depois dele ir ao banheiro urinar duais vezes percebeu que o efeito do álcool havia finalmente passado.

- Você está melhor? – indagou Leonard.

Sheldon respirou bem fundo e entortou os lábios.

- Leonard, eu estou morrendo de medo. – disse baixo. – Pensei que finalmente estava conseguindo me controlar, mas ai de repente eu entrei em pânico.

- Eu pensei que tinha fugido de novo.

- E era o que minha mente gritava para eu fazer. Fugir. – apertou a mandíbula. – Mas eu sei que se eu fizesse não mudaria nada.

Sheldon esfregou as mãos no rosto e pressionou seus olhos.

- O que eu faço?

Leonard ficou pensativo. Era muito raro o colega lhe pedir conselhos. Só acontecia nas ocasiões muito importantes e difíceis, ele precisava dizer as palavras certas. Ele apoiou os cotovelos na mesa.

- Sheldon, eu sei que é tudo muito novo para você. Principalmente quando se trata de relacionamento. Mas.. – franziu a testa. – Você não pode controlar tudo. Já ouviu falar na teoria do caos?

- Eu conheço tudo, mas continue.

- Então, - estendeu a mão. – uma hora as coisas acabam saindo do seu controle. Mas ao invés de fugir por ai, você tem que aprender a lidar com isso. – pausou. – Veja o meu exemplo. Eu propus varias vezes Penny em casamento, e depois que ela aceitou eu... eu entrei em pânico.

- Sério?

- Aham. – ergueu as sobrancelhas. – Eu ainda tenho medo, ás vezes, mas isso não significa que eu quero desistir. Só me faz querer segurar a mão dela e seguir em frente.

Sheldon franziu o cenho e pestanejou.

- Então eu tenho que segurar a mão da Amy e... Termos o bebê juntos?

The Shamy LocomotiveOnde histórias criam vida. Descubra agora