The Shamy Locomotive

The Breakfast surprise

No dia seguinte, um domingo quente, Sheldon despertou. Seus olhos demoraram um pouco para reconhecer o local estranho onde havia acordado. Sentiu algumas mechas de cabelos compridos em seu rosto. A sua cabeça descansava na curva dos ombros dela, seus braços e pernas enrolados em torno dela. Ele inala o cheiro de sabonete em seu pescoço, sem explicação do por que tê-lo feito. Então cuidadosamente ele a liberta de seus braços e levanta da cama, deixando o quarto. Vai até o banheiro, lava o rosto e encara seu reflexo no espelho. Sua face parecia dura e confusa, porém não era isso o que sentia realmente. Sheldon Cooper nunca se sentiu tão certo sobre algo que não envolvesse a física como estava agora. Ele até sorriu para si mesmo com os relampejos da noite passada.

O relógio em forma de Chimpanzé marcava sete e meia. Sheldon colocou as mãos na cintura e sugou fundo o oxigênio para dentro de seus pulmões. Sentiu algo se remexer em seu estômago. Ele tinha certeza do que estava sentindo.

- Fome. – murmurou, alisando a barriga.

O renomado cientista com dois Phd's, arregaçou as mangas e preparou um ótimo café da manhã. No quarto, Amy acabara de acordar. Antes de abrir os olhos ela apalpou o outro lado da cama, constatando estar vazio. Suspirou pesado, pensando que a noite mais especial de sua vida passara apenas de um sonho perfeito. Entretanto ao se sentar desanimadamente na cama, ouviu alguns ruídos vindo da cozinha, acompanhado de um cheiro delicioso de torradas fresquinhas. Amy empurrou os lençóis e deu um pulo astuto de sua cama. Deu alguns passos leves e alertas até a entrada da cozinha, onde teve uma visão um tanto que incomum. A mesa estava bem preparada. O delicioso cheiro de torrada estava ainda mais convidativo. Ela ficou imóvel na porta, sem dizer nada observando seu namorado colocar as torradas na mesa, usando um de seus aventais rosa.

- Quem é você e o que fez com Sheldon Cooper? – ela murmurou descrente do que estava assistindo.

- Olá! – Sheldon disse com um aceno de cabeça. – Sente-se e aproveite o café da manhã. Que é uma das refeições mais importantes do dia.

Ele puxou a cadeira para ela. Amy caminhou como um robô, de olhos desconfiados examinando tudo a procura de uma falha na cena que indicasse estar sonhando. Ela sentou-se na cadeira e estremeceu por um segundo, sentindo uma breve dor com uma doce prova de que a noite realmente aconteceu. Ela franziu o cenho, mordendo o lábio inferior controlando a dor passageira.

- Está tudo bem? – Sheldon perguntou.

- Sim. – um sorriso largo se formou em seu rosto. – Eu não poderia estar mais feliz e dolorida.

O olhar preocupado de Sheldon deu lugar a um leve rubor, o fazendo desviar o olhar.

- Então, - Amy mordeu uma das torradas. – Ao que devo esse ótimo café da manhã?

- Bom, você me hospedou em sua casa na noite passada. Isso é apenas um retorno. – ele bebeu um gole de leite. – E eu estava morto de fome.

- Eu fiz mais do que hospedá-lo ontem. – Amy sorriu de lado. – Mas isso é uma ótima forma de pagamento. Estou mais do que agradecida.

Sheldon assentiu e eles tomaram o café da manhã sem muita falação. Sheldon limpou sua boca com o guardanapo de pano e se inclinou, apoiando os cotovelos na mesa.

- Amy, nós temos que conversar.

Amy fechou os olhos e soltou um longo suspiro audível. Toda a sua felicidade foi contida. Estava bom demais para ser verdade, pensou ela.

- Eu não tinha planejado o que acabou acontecendo na noite passada entre nós. – ele pausou por um estante. – Foi... Como você disse: "Incrível". Eu mesmo me surpreendi com as coisas que eu fiz e senti ontem. – ele abriu a boca, procurando o que dizer.