Minhas meninas

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RAFAEL NARRANDO

– O senhor viu a Clara? – perguntei ao pai dela ao ve-lo no quarto da Belle.

– Ela pediu para eu buscar as chaves do carro dela, mas não estou encontrando, ela disse que estava aqui.

– Mas ela deixou na mesinha ao lado da porta ontem – falei.

– Ela disse que ia esperar lá embaixo.

– Droga! – balancei a cabeça, já imaginando onde ela havia ido.

Corri para a porta com a intenção de descer, mas um bilhete em cima da mesinha chamou minha atenção.

"Ele ligou e eu preciso busca-la. Não estão na casa dele da cidade. Não tenta me achar, senão ele machuca a Belle. Eu te amo!"

– Não, não, não! – gritei, chamando a atenção de todos na casa – Ele ligou e ameaçou a Clara, ela foi atrás da nossa filha!

– Deixe que a gente verifique o bilhete, senhor – o policial leu o bilhete e pensou por alguns instantes – Ela deu uma pista dizendo que não estão na cidade. Ela está nos atrasando para evitar que o sequestrador não perceba que o estamos procurando.

– Ele vai machucar elas duas, eu preciso ir atrás! – peguei as chaves do carro, mas fui impedido de sair pela mãe da Clara.

– Rafael nós vamos acha-las! Mas precisamos agir com cautela, sair dirigindo nervoso como você está não vai ajudar – ela tentou me acalmar e pegou um cartão do bolso, entregando-o para o policial – A mãe do Alex entregou esse cartão para a Clara, são os telefones de contato dela e do esposo.

– A senhora acha que eles estão envolvidos também? – o policial questionou.

– Não, eles vieram falar com a Clara porque descobriram que o Alex estava envolvido com drogas, talvez eles tenham alguma pista.

– Ótimo! Faremos a ligação agora mesmo!

Mudança de PlanosOnde histórias criam vida. Descubra agora