A máscara caiu

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Ao sair da casa o primeiro rosto que eu vi foi o do Rafael com a nossa pequena no colo, sentada na ambulância estava a Priscila recebendo os cuidados pela agressão que havia sofrido, além de estar relatando algo para o policial que estava ao lado dela. Rafael entregou a Belle para o meu pai e veio correndo até onde eu estava.

– Meu amor – ele me abraçou forte enquanto as lágrimas molhavam seu rosto – Você tá aqui nos meus braços de novo! Por que você saiu assim?

– Ele ameaçou nossa filha, eu não podia deixa-la correr mais perigo. Desculpa.

– Eu vou mata-lo por tudo que ele fez a você e a nossa filha!

– E a Priscila? – levantei minha cabeça olhando o Rafael nos olhos.

– Nem sei, amor. Ela falou algo sobre estar sendo ameaçada...

– Filha de uma puta!

Soltei-me do Rafael e fui com tudo na direção dela, ignorando até mesmo os policiais que estavam perto. Minha mão fechada foi bem em direção ao seu rosto, acertando-o mais uma vez. Alguns policiais que estavam perto me seguraram, logo o Rafa chegou para me acalmar.

– Por que você fez isso? – ela choramingou – Eu só tentei salvar vocês!

– Salvar? Você queria matar a gente!

– Clara... – ela me olhou de lado, mas o policial fez sinal para que ela se calasse.

– Acho que a senhorita vai nos acompanhar até a delegacia – ela ameaçou falar novamente, mas ele fez sinal para que ela se calasse de novo – A senhora Clara vai descansar, se recuperar, após isso vai até a delegacia dar o depoimento.

– Eu me recuso a ir até a delegacia sem o meu advogado – Priscila disse.

– Não seja por isso – ele pegou o celular no bolso e entregou a ela – Pode ligar para ele enquanto vamos até a delegacia – ele fez um sinal indicando o carro – A senhorita primeiro, por favor.

***

Cheguei em casa e levei a Isabelle para banhar, fazer um lanchinho e logo ela caiu no sono de tão exausta que estava. Agradeci a força de cada um, que após matarem a saudade foram para casa, exceto meus pais que ficaram para cuidar da Isabelle enquanto eu ia na delegacia. Tomei um banho e me joguei no sofá ao lado do Rafael, que já estava apreensivo para saber de tudo. Contei tudo o que havia acontecido desde a ligação do Alex. Dava para notar a sua raiva, mas ele se controlava para não me interromper e deixar que eu contasse tudo de uma vez.

– Dessa vez ela passou de todos os limites! – ele esbravejou – Ela podia mexer comigo de todas as formas, mas machucar nossa filha e você não tem perdão nunca!

– Eu sei amor – suspirei – Você vai me acompanhar na delegacia?

– Com certeza – ele me abraçou forte – Você foi muito corajosa, amor.

– Eu não ia deixar que alguém machucasse nossa filha, a minha vida é dela.

– A nossa – ele fez carinho no meu rosto e me dei um selinho.

– Vou só comer algo e iremos, ta?

– Tá – ele deu um sorriso de leve – Vem, hoje eu preparo algo para minha princesa.


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