Capítulo VIII - Todas Nações Lucy E.N.

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As folhas entregues pela Mama eram apenas dados demográficos, demonstrando as áreas mais afetadas pela emigração. Os dois Purificadores começaram á trabalhar em seus Notes imediatamente.

- Queria entender o motivo dela pedir o plano impresso. - Resmungou Amora, anotando com tanta força que a tela do Note embaçava.

-A Mama é realmente muito antiquada, mas mesmo assim é o Líder religioso que mais deu lucros á cidade e a ascendeu. Além de que é bom para manter o sigilo. Tem muitos hackers de alto nível em Elisia, melhor não arriscar criptografar num Note. - respondeu Primo, mordendo a ponta da pen. - Olha, tive uma ideia: e se criassemos uma nova marca de roupas? Exclusiva de Elisia?

- Mas o quê de tão exclusivo teria nessas roupas? - Questionou a outra Purificadora.

- Uma linha que se adeque ao clima.

- E como conseguimos esse tecido maravilhoso e fantasioso? - Amora revira os olhos.

- Ao invés de caçoar do meu trabalho deveria me mostrar o que você pensou. - resmungou, carrancudo.

- Não pensei em nada que preste. Não sou diretora criativa, sou uma guerreira. Não treinei 12 anos atirando em sacos de espuma e passando fome na floresta pra trazer fiéis para a igreja. - disse Amora, se recostando na cadeira e bufando.

- Já se passaram duas horas e quarenta, melhor pensar em algo - começou Primo, mas foi interrompido com o estrondo da porta abrindo e a Mama irrompendo pela sala até sua mesa. Seus cabelos antes encaracolados, agora estavam lisos e chegando ao meio das costas.

- Larguem seus Notes e papéis, Ieowana me iluminou enquanto eu fazia o cabelo, Cale a boca enquanto falo, Bleix, fui eu quem tive uma epifania, OK?- disse a Mama, balançando a cabeça de um lado para outro enquanto falava e apontando os indicadores para si.

- Jain, vamos colocar o projeto "Todas as Nações de Lucy E.N." como carro-chefe do plano.

- O bom do senhor Jain não dar as essas últimas aulas é que a gente pôde colocar os deveres em dia - Ioana jogou se de uniforme no sofá ao lado de Patrícia. Os amigos correram para casa para aproveitar o resto da tarde livre. Fabian deitou no chão ao lado do gato.

- É verdade. Mas o que vamos fazer agora? - perguntou o rapaz de olhos fechados. Depois de pensar um pouco, Ioana levantou de um pulo.

- Vamos tomar banho no lago dos patos, como fazíamos antigamente! - exclamou a garota, puxando Fabian do chão e correndo para a porta.

- Io, acabamos de chegar, pelo amor de Ieowana! - resmungou ele, pegando as mochilas e se arrastando atrás da amiga.

- Para de ser velho, "Temos que aproveitar esse momento de juventude, garoto"! - disse Io - Patrícia, vamos para o lago dos patos!

Da cozinha, a velhinha gritou:

- Tudo bem, mas voltem para o lanche, estou fazendo torta de champagne com morango - a voz dela estava um pouco enrolada. Provavelmente, Patricia não estava colocando champagne só na torta.

Aos risos, os jovens correram para uma praça perto da área residencial. A praça tinha um belo campo verdejante com um lago no centro, que de manhã ficava infestado de patos. Ioana já chegou tirando a gravata e a camisa social, ficando apenas de saia. Fabian se recostou numa árvore e tirou os sapatos enquanto observava a amiga.

O atletismo definira o corpo da moça, deixando-o curvilíneo e com belas pernas. Os seios estavam empinados pelo sutiã e o garoto não se importou de admirá-los. Fabe não sabia como nunca se apaixonara por uma garota tão linda. Não conseguia vê-la com outros olhos que não fosse como amiga.

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