Vi a despedida. Fora dolorosa, lenta e dramática como uma cena daqueles filmes a preto que arrancavam suspiros nos grandes ecrãs.Ela não queria largá-lo e ele? Ele não a queria ver mesmo não tendo ela culpa de nada, não sei o que se passava, não ouvi nem vi nada.Ver vi, mas sou apenas uma espectadora. Quem iria acreditar em mim?Uma pessoa não pode amar sozinha numa relação e uma pessoa que te bate não é digna de ser chamada de "amor".Os momentos felizes existiram é certo mas foram o quê? Segundos. Segundos em que sorriam perante todos e a sós?A sós tu batias-lhee, fazia-la sentir-se uma miserável, alguém que não merecia o chão que pisava.Fizeste-a chorar, fizeste-a mentir por ti, ela teve nojo de si mesma pelo que a fizeste passar.Agora sorris não é? As coisas são fáceis para ti, porém para ela não foram.Fica sabendo que se o teu objetivo era que a odiassem não conseguiste, as pessoas admiram-na por ter sido fiel a si mesma, ter arranjado coragem para contar o que se passava e pedido ajuda.Quanto a ti só tenho pena. Por a teres iludido, fazeres-te passar por alguém que não eras, por um príncipe enquanto eras apenas um sapo.Bom, sejamos sinceras, há que beijar muitos sapos até encontrar o verdadeiro principie.
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Escrevo, logo existo
PoeziePoesia e textos soltos escritos por mim. Podem ser alegres ou felizes mas na sua maioria são dramáticos. Todos os direitos reservados a Ana Rita Martinho #ApenasEscreva #JustWriteIt #Primeiras