Encontrei-a na rua, uma menina tão pequenina, doce.
Os seus olhos verdes contrastavam com a sua pele pálida e os totos castanho claros que trazia na cabeça.
Pegou-me na mão e sorriu-me, sorriu-me de uma maneira maravilhosa como só uma criança o sabe fazer. A inocência, a verdade, uma vida por descobrir.
" Estás a fazer um bom trabalho "
" Desculpa não compreendo " - disse-lhe eu confusa mirando-a.
" Tenho estado a ver-te. Já nos conhecemos. Sei tudo sobre ti. Todas as lutas interiorez, paixões amizades... "
" Quem és tu? "
Ela não me responde e contínua.
" Sei que tens medo de errar. Não tenhas. Estou orgulhosa do que somos. Sem erros não há vitória. Sem erros não há história e nós que queremos? História. "
Eu miro-a com desejo de desvendar os seus segredos. Quem é ela? O seu sorriso está desdentado, traz uma camisa branca, recordo-me de as minhas acabarem todas sujas.
" Ainda tens inocência no olhar. A criança dentro de ti não morreu. " Ela diz-me com lágrimas nos olhos.
" Quem és? "
" Eu. Eu sou tu. Eu sou o teu passado intocável. Tu, tu és tudo aquilo que eu queria. O meu orgulho. Pois apesar de teres caído não escolheste o caminho mais fácil "
Ela abraça-me, sabe bem ser aceite por mim mesma.
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Escrevo, logo existo
PoesiaPoesia e textos soltos escritos por mim. Podem ser alegres ou felizes mas na sua maioria são dramáticos. Todos os direitos reservados a Ana Rita Martinho #ApenasEscreva #JustWriteIt #Primeiras