Guia-me. Não te peço mais,
guia-me e não me perguntes porquê.
Estou perdida nos gritos da sociedade, nas crianças que não choram e vivem num engano.
Quero acordar para ti, quero partir os vidros e seguir-te.
Não consigo.Sangue.
Espinhos corroem a minha pele pálida.
As veias pulsam como as estradas da cidade.
O coração bate-me no peito como o galope de um cavalo
Arranho a minha mente, fica marcada mas não acorda.
Acorda-me. Acorda-me e leva-me daqui!
Ele vem devagar, não faz barulho. Não o escutam.
Todos podem conhecê-lo. Poucos enfrentam.
Ele abre a porta. Finjo que estou a dormir.
As suas mãos negras pegam-me ao colo.
Silêncio. Faz-se silêncio e as lágrimas quentes queimam o meu rosto.
Não consigo fugir dele sozinha.
Vem, ajuda-me a afastá-lo.
A dor dilacerante enche-me as veias como uma droga.
Abres a porta e puxas-me da cama para o teu colo.
Mar. O mar é calma. É revolto mas é casa.
Areia. O teu cabelo acalma-me o espírito.
Mais uma vez salvas-me dele: Do medo de mim mesma.
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Escrevo, logo existo
PuisiPoesia e textos soltos escritos por mim. Podem ser alegres ou felizes mas na sua maioria são dramáticos. Todos os direitos reservados a Ana Rita Martinho #ApenasEscreva #JustWriteIt #Primeiras