A vida é cruel, levou-te para longe, não te vejo.
Minha querida estrela, és a única no céu.
O teu sorriso, teu rosto não posso esquecer,
É por ti que me levanto a cada amanhecer.
Tão idosa e tao sábia, quem me dera ser como tu,
Guerreira e decidida.
Eles contaram-me alguns passos da tua vida,
Os medos, os enganos e a garra.
Mas de ti eu escutava, escutava a poesia que de teus lábios saía.
Bebia cada palavra tus.
Tardes passadas com bolinhos e conversas,
Malmequeres colhia para ti, fazia filas com eles sobre a tua pele flácida, tão marcada pelo tempo.
Na tua casinha pequena eu encontrava o conforto.
Hoje já nada é igual, eu cresci, pobre inocente fui obrigada a crescer.
Mas não te enganes, não esqueco os nossos segredos.
O teu jardim já não é tão bonito, morreste-me e ele morreu-me também.
Hoje... Ainda fecho os olhos, sentada no degrau e lembro cada traco do teu rosto, a suavidade do teu toque.
Nada mais me resta que amor e memórias.
Eu,tu e as flores numa simples tarde de verão.
Nada me traz mais felicidade.
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Escrevo, logo existo
PoetryPoesia e textos soltos escritos por mim. Podem ser alegres ou felizes mas na sua maioria são dramáticos. Todos os direitos reservados a Ana Rita Martinho #ApenasEscreva #JustWriteIt #Primeiras