Capítulo 4- Encontros

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"Querido Diário,
Esta semana foi (no mínimo) estranha... É melhor eu contar por tópicos:
• As aulas voltaram (oh...), mas voltei a
ver as minhas amigas (YAYY)!!!
•Ia-te perdendo, se não fosse o William...
•Começámos a fazer dança nas aulas de Educação Física e o meu par é aquela certa pessoa...
E pronto, hoje é sexta!!! Estou completamente entediada sem nada para fazer! Acho que vou ouvir música ou ver alguma série...
Bjs
Mack ;)"
Fecho o diário e ligo o computador, vou assistir a minha série preferida, PLL (Pretty Little Liars).
Quando vou a meio do episódio oiço algo a raspar a porta, era o Scooby com a pata, vem fazer-me companhia (cá entre nós, eu acho que ele também gosta das PLL). Como sempre vejo um episódio e meio, porquê meio, perguntam vocês... Bem, por causa de duas razões muito simples que tem de ser sempre a Mackenzie Miller a fazer: pôr a mesa e ajudar a fazer o jantar...
Desligo o pc e desço, normalmente costumo ajudar a minha mãe a fazer os acompanhamentos (salada, massa, arroz, legumes...).
Em 30 minutos fica tudo pronto, chamamos o meu pai e o meu irmão mais velho para a mesa. O jantar decorreu normalmente, o meu pai, como todas as noites, perguntou como nos tinha corrido o dia e nós (como sempre) dissemos que bem.
Após o jantar ficamos na sala, ou a ver TV ou cada um a fazer as suas coisas.
Normalmente deito-me às 23:30 às sextas (não tenho a culpa de que se me deitar à meia-noite ou assim, acordar como um fantasma no dia seguinte), lavo os dentes, faço a minha higiene (não há um santo dia em que deixe de pôr creme na cara, nos braços e nas mãos antes de dormir) e escrevo qualquer coisa no meu caderno, também tenho o hábito de adormecer a ouvir música (têm de exprimentar).
SÁBADO, o meu dia da semana preferido! Levanto-me entre as 9:00 e as 9:30 e faço tudo muito mas mesmo MUITO DEVAGAR! Costumo despachar-me às 11:00, por norma costumo ficar em casa a fazer não sei o quê... Mas nesse dia apretecia-me sair, peguei na trela e pu-la no meu cão, já com a porta aberta, gritei para dentro de casa:
-Vou passear o Scooby! Não me demoro!
Fui até ao parque da cidade e lá soltei o Scooby, era um sítio seguro e onde não passavam carros, por isso podia deixá-lo à vontade.
Até que quando estamos no meio do parque, observo um vulto conhecido... Era ele e também trazia um cão. Na minha cabeça começava a pairar a pergunta: vou ou não vou dizer olá... Acho que avaliando os prós e os contras, o melhor é arriscar, também por uma questão de educação. Mas não foi necessário nada disso, quando viu o cão de William, o Scooby correu que nem um desalmado para ir ter com ele.
-Scooby! Scooby!-gritava eu, mas ele ignorava- Scooby aqui!
O meu cão ignorava-me e eu parecia uma desesperada a correr...
Cheguei perto dele
-Calma rapaz!- dizia William para o Scooby (tinha mesmo jeito para animais), a cada palavra e a cada festa o Scooby acalmava um pouco- Isso quieto! Quem é o teu dono?
-Sou eu.- e revelei-me.
-Mack?!-exclamou surpreendido.-O que é que fazes aqui?
-Exatamente o mesmo que tu, passeio o meu cão.- respondi decidida.
-Bem, toma esta fera! Daqui a pouco dá-lhe uma coisa má, de tão entusiasmado que está. Anda vem connosco!
-Obrigada! Mas, também tens um cão...-tentei puxar assunto enquanto caminhávamos.
-É uma cadela, chama-se Lacey e é rafeira. Eu e os meus pais encontrámo-la na rua, recolhemo-la, tratámos dela, e acabámos por ficar com ela.
-Teve um final feliz!- exclamei eu, descobri mais uma qualidade nele.
-Sim, e espero que muitos outros cães tenham o mesmo final que ela. Sabes, eu faço voluntariado no canil municipal e eles andam a precisar de mais pessoas, se gostas tanto de animais também podias aparecer.
-Ok! É uma ótima ideia, além de estarmos em contacto com animais também estamos a fazer uma boa ação por eles.
-Concordo! Eu mando-te logo os horários e esse tipo de coisas por email.
-Obrigada!- disse eu.
A nossa conversa continuou, senti que éramos amigos há imenso tempo! Foi fantástico, afinal tínhamos mais coisas em comum do que eu pensava.
O tempo passou e, quando dei conta já estava quase na hora do almoço.
Despedi-me dele, agradeci por tudo e combinámos ver-nos no canil.
Alguns minutos depois de ter virado costas para voltar a casa, comecei a ouvir gritos, ignorei, devia ser alguma criança. Mas num grito por ajuda consegui reconhecer a voz.
-WILLIAM!- gritei.
*continua*

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