Choram... mas não calam

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Sussurram dormentes os sinos,


Chorando, dobrando clamam,


Aplacam a dor sentida, vazios,


Gemendo, como quem chama!



Triste vaidade, lágrimas caídas,


Tantas verdade, outras fingidas,


Dormentes clamam, tristes caídos,


Nem aves, nem cães, gatos ouvidos!



Pesar, amargo pesar, tanto a escrever,


Tantas rimas ocultas, tanto a dizer,


No fim, apenas assim, um vazio, nada!



Levas contigo a voz, o deixas escrito


Morre o poeta, pensamento prescrito


Voz de um povo que já não se cala!



Alberto Cuddel

Os dias do Fim ( Completo) 59 poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora