dispo-me

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De que me vale?


Arrastar pelo chão cambraias sujas,


Não limpam ou abnegam lágrimas caídas,


Alma turva, pecados, sopro das corujas


Ai de mim! -Alma impura


Má sorte noturna, nada dura


Velas que se apagam, piadosas


Vergonha do espelho, outras coisas


Procuram-me desde o chão


Vermes levantam-se esguios


Imundos, completa e doentia refração


Contornando as sombras da sua obesidade


-ai de mim! Onde busco conforto


Apenas encontro condenação...



Libertem-me...


dispo-me na alma


sóbria calma


aurora que busco


luz de que me revisto...



Alberto Cuddel®

Os dias do Fim ( Completo) 59 poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora