Aprendi

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Sei hoje amanhecer solitariamente
Cipreste hirto ao mundo, indiferente
A cada nascer do sol, ciclo repetido
Um tempo novo ou gasto antes sofrido!
 
Perco a anafada vitória da razão
Por uns lençóis que gritam solidão
Derrubado pelas humanas palavras
Erguido no sentir com que me cravas
Viajo tristemente por ruas vazias
Congeminando doces vinganças dizias?
 
- e eu? Inspirado pelo peso dos pés,
Calco pedras gastas, o tempo que gasto
Desenfreada corrida e um copo nefasto
Mas sei, sei, a solidão corrói as pedras
Os ossos, as mãos, os dedos, os versos
As rosas não nascem sozinhas, nem eu
Nem mesmo os peixes, as aves do céu!
 
- mas eu caminho sozinho,
Com o peso das letras
Até que teus olhos as leiam…

Os dias do Fim ( Completo) 59 poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora