ensaio visionário

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Nesta terra onde ainda habitam


Brados aos céus, ecoam sozinhos


Devaneios de virgens fingidas


Felicidade da carne procurada,


Revestidas de alvas túnicas


Esvoaçam na noite pelas janelas,


Espíritos impuros de fato e gravata


Deitados em praias, queimados pelo sol


Vigiam, as portas, as frinchas, hirtos


No devaneio da alma, possuem os corpos,


Velada fantasia, engano, creem e não veem,


Sacrário violado, escancarado ao mundo


Expões de ti, luxuria envergonhada


Na dor e convulsão da poeira que te oculta


Trevas, pó, matéria triste, chorosa e bruta


Procuras aqui e ali um sinistro Deus


Silêncio Astral, alma penada, engano,


De deus ou divino não tem nada!


Apenas um triste esqueleto, velho e feio,


Procurando em ti, momento vil e perfeito


Uso do corpo longínquo, a uma imaginação


Pérfida, doente e dormente de si!



Alberto Cuddel®

Os dias do Fim ( Completo) 59 poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora