Por entre madrigais pensados
Noites mal dormidas, esboços rasgados
Arremesso, um ensaio de poema sem rima
Sem mensagem definida, sem princípio
Karma dormente de uma leitura por cima
Conteúdo turvo, lido por um qualquer esculápio
Ungindo-me com a cura mental,
Devaneios de albatrozes em alto mar,
Perdido o norte, nas curvas de maltreitas ninfas,
Mãos molhadas, nos doces beijos da saudade
Perdida ancora, corrente ao fundo,
Sem mastro, navego sem rumo,
Por entre prazeres e orgasmos suados
As tempestades, as noites com o vento
Praias deserta onde repouso a mente
Na areia quente, rochas negras,
E o choro das varinas, maridos perdidos
No meu triste lamento, quem sou?
Possuidor de virtudes na tua boca,
Em mim um mar diferente tolhido de defeitos
Egoísta medonho, não ousa em si colorir o sonho
No medo obtuso que a água os lave
Recolho as lágrimas salgadas do sofrimento
Qual quer cadência de um sincronizado regimento,
Batem fortes as asas, que te levam para norte,
Em busca de uma qualquer outra triste sorte!
Alberto Cuddel
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Os dias do Fim ( Completo) 59 poemas
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