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Não revisei de novo. Foi mal! Ignorem os erros e boa leitura. 

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Charlotte sempre fora muito calculista, inteligente. Estava sempre pensando em seu irmão mais novo, em como iria ajudá-lo. De qualquer maneira ela continuava um ser humano aberto para cometer erros. E ela estava errando sempre, talvez até mais do que deveria, algumas vezes de propósito, outras por ser orgulhosa como seus outros dois irmãos. Apenas os irmãos, porque Johannah não era orgulhosa de nada, era, na verdade, humilhada. Submissa de tudo, fazia de tudo para agradar a todos, menos as únicas pessoas nas quais ela deveria se preocupar e dar amor, seus filhos. Mas esse era o menor dos problemas para Felicite e Charlotte. Louis apenas sentiu mais, pois esperava que sua mãe fosse tão doce quanto a de Connor, seu amigo de infância. Talvez nem tenham chegado a esse nível, mas ele amava a mãe de Connor, queria ir sempre para lá, porém Mark dizia que Louis era intrometido demais e que as pessoas se incomodavam com sua presença. Não era o que Cassidy dizia. Ela gostava de quando Louis comia até o último pedaço do seu famoso bolo de chocolate, já que seu filho Connor era muito abusado para comer.

Devido a essa criação, Charlotte, Louis e Felicite cresceram desconfiando das pessoas que apareciam em suas vidas. E foi por esse mesmo motivo que Charlotte, ao receber o convite para trabalhar no ateliê, pensou bastante e beirou a aceitar, mas de último minuto decidiu que iria recusar. Esteve desenhando por muito tempo para poder abrir seu próprio ateliê e não queria que a pessoa que nem lhe deu uma chance a tirasse dali. Isso foi motivo de mais de duas horas de conversa entre Louis e Charlotte. Quando os créditos acabaram, Louis comprou mais para continuar com a bronca.

– Sua chance de sair dessa miséria e você desperdiça. O que você tem na cabeça? – ele disse irritado andando de um lado para o outro pelo quarto. – Nem me responda. Meu Deus! Aceite essa droga.

– E pisar no meu orgulho? – a garota quase gritou extremamente irritada. – Ela me humilhou. E nem teve coragem de falar comigo sozinha. Levou a mamãe! Deus, como eu as odeio.

– Bom, todos odeiam os chefes. – gritou e se sentou na cama levando a mão livre para seus cabelos. – Você quer que eu vá te arrastar pelos cabelos até essa estilista? Lottie, você não tem uma escolha no momento. Eu não quero que você volte para aquilo.

– Louis, não precisa ficar jogando na minha cara. – bufou. – Eu só estava meio apertada e você também estava precisando para a faculdade... Podemos fingir que isso nunca aconteceu, tipo, para sempre? – riu nervosa. – Oh, a mãe daquela mulher me deu nos nervos.

– Ela é chata? – arqueou a sobrancelha e recolheu seus pés para cima da cama, sentando como um índio.

– Ela não é chata. Ela é tão simpática e fofa que chega a parecer forçado. Sabe quando a pessoa é irritante, porém...

– Doce? – perguntou e riu de lado. – Ah, tome cuidado com esse tipo de pessoa, Charlotte. Elas são perigosas e sempre estão prontas para mostrar as garras quando você menos espera.

Continuou conversando um pouco com a irmã tentando convencê-la de aceitar o trabalho. Ela poderia sair da imundice que chamava de trabalho e passar a receber mais, ter mais pessoas admirando seu talento, mas Charlotte era muito orgulhosa. Louis trabalharia para abaixar a guarda da irmã e fazê-la ver que era importante deixar as mágoas para trás quando se tratava de seu futuro. Tudo por um futuro que está em jogo.

Desligou o celular e ficou olhando para o teto por estar com tédio. Tentou desenhar, compor, estudar, mas nenhuma dessas coisas prendeu sua atenção. Com certeza tentar estudar foi uma das suas piores tentativas, pois quando abriu o livro, acordou dez minutos depois assustado pensando que o mundo tinha acabado. Aquelas famosas sonecas que fazem as pessoas se perderem ao acordar. Desistiu de não fazer nada sozinho e resolveu procurar Harry para fazer nada com ele.

Lose yourself |l.s|Onde histórias criam vida. Descubra agora