capítulo 20

6.2K 466 40
                                    

Vitória:

Victor olhou para mim e disse, com um brilho maligno nos olhos: — Está na hora de quebrar a maldição.

— O que você quer dizer com isso? — perguntei, a voz tremendo de tensão.

— Você é a chave para tudo isso. Sua magia é a única que pode reverter os efeitos da maldição e me dar o poder que eu sempre quis — ele respondeu, um sorriso cruel se formando em seus lábios.

— Nunca! — retorqui, sentindo uma onda de raiva e determinação. — Eu não vou fazer nada que você queira.

— Ah, mas você não tem escolha — disse Victor, a voz baixa e ameaçadora. — Se não colaborar, os que você ama sofrerão as consequências.

Senti meu coração disparar. A pressão estava sobre mim, e eu sabia que precisava encontrar uma forma de contornar a situação, de proteger aqueles que amava. Mas como?

Victor começou a me puxar para fora, e eu tentei resistir, mas ele era forte demais. Beatriz tentou impedir, avançando em direção a nós, mas Victor a ignorou, como se ela não fosse uma ameaça.

— Não, Vitória! — ela gritou, mas eu estava sendo arrastada.

— Beatriz, cuida do Aaron! — gritei de volta, sabendo que ela era a única que poderia ajudá-lo.

Victor apenas riu, seu sorriso se ampliando. — Ninguém pode nos parar agora. Vamos terminar o que começamos.

Senti uma onda de desespero, mas também uma determinação crescente. Eu não poderia deixar isso acontecer.

Victor colocou um bracelete em meu braço, e uma onda de energia percorreu meu corpo, fazendo minha magia se dissipar.

— Um presente de Camile — ele disse, com um sorriso triunfante. — Agora você está completamente à mercê de minha vontade.

O desespero tomou conta de mim. Tentei me concentrar, buscar a magia dentro de mim, mas tudo o que sentia era o peso do bracelete, como se estivesse drenando minha força.Enquanto ele me arrastava para fora, percebi que não podia desistir. Se eu conseguisse encontrar uma brecha, uma maneira de quebrar aquele bracelete... A luta estava longe de terminar.

Victor me prendeu contra uma grande pedra coberta de símbolos, a sensação de desespero apertando meu peito. Ele se aproximou, seu sorriso maligno iluminado pela luz fraca que filtrava através das árvores.

— Você não tem escolha, Vitória. A maldição precisa ser desfeita, e você é a única que pode fazer isso — ele disse, enquanto começava a traçar os símbolos no ar com a mão.

— Nunca vou ajudar você! — gritei, forçando minha voz a não trair meu medo.

Ele riu novamente, um som que ecoava na clareira. — Ah, mas você não entende. A sua resistência apenas torna tudo mais divertido.

— Porque tudo que precisamos de você é o seu sangue para quebrar a maldição — Victor disse, a voz cheia de satisfação. — Você é o sacrifício que vai libertar meu verdadeiro poder.

Senti o frio da realidade me envolver. Meu sangue, meu sacrifício. Era isso que ele queria. A ideia me deixava enojada e apavorada.

— Nunca! — gritei, tentando me concentrar, buscando uma saída.

— Graças à inteligência de Camile, conseguimos um contra-feitiço — Victor disse, a expressão triunfante no rosto. — Só precisamos do seu sangue. Não da bruxa viva para quebrar a maldição.

Meu coração disparou. Senti a adrenalina correr pelas minhas veias. Se Camile havia encontrado um jeito de contornar isso, talvez eu ainda tivesse uma chance. Não podia permitir que meu sangue fosse o preço por sua ganância.

Camile que estava ali começou a entoar um feitiço, e a pedra sob mim começou a brilhar com os símbolos ancestrais. A sensação de poder fluía através de mim, mas era opressiva. Eu sentia a pressão da magia que tentava me prender, mas também sentia a chama da minha própria força interior, lutando para se libertar.

— Não! — gritei, tentando reunir minha magia, mas o bracelete que Camile havia colocado em meu braço parecia drená-la, impedindo-me de canalizar qualquer energia.

Victor, percebendo minha resistência, intensificou o feitiço. A luz da pedra se intensificou, e eu podia ver os contornos de figuras que começavam a se formar ao meu redor. Eram sombras de antigos guerreiros, entidades ligadas à maldição.

— Agora, sangre por mim, e tudo isso acabará! — ele gritou.

Nesse momento, a adrenalina e o desespero me deram um impulso. Fechei os olhos e lembrei de todos que amava: Levi, Beatriz, Jeremy, e até mesmo Aaron. A lembrança deles me deu força. Eu não poderia deixar que tudo acabasse aqui.

Concentrei toda a energia que restava dentro de mim e, em um ato de desespero, puxei o bracelete com todas as minhas forças. O metal começou a estalar, e uma onda de poder passou por mim. Com um grito, lancei minha energia contra a pedra, criando uma explosão de luz.

A magia foi interrompida. Ele cambaleou para trás, surpreso. Os símbolos na pedra começaram a se desfazer, e as sombras começaram a dissipar-se.

— Você não pode fazer isso! — Victor gritou, mas eu já estava em movimento, aproveitando a confusão.

Corri para longe da pedra, em direção à saída, mas não sem antes sentir uma presença familiar. Um olhar através da névoa me mostrou Aaron, Beatriz e Jeremy, prontos para lutar.

— Vitória! — Aaron gritou, e seu olhar me deu coragem.

O poder da nossa união era palpável. Com um último esforço, canalizei toda a magia que conseguia reunir. Uma onda de energia se espalhou pelo ar, e senti que finalmente tinha controle.

Uma explosão de luz nos envolveu, e, em um instante, vi Victor sendo lançado para longe

Quando a poeira assentou, a pedra estava quebrada.A sensação de liberdade era avassaladora.
No entanto, a luta ainda não havia terminado. Olhei para Aaron, Beatriz e Jeremy, sabendo que esta era apenas a primeira batalha em uma guerra muito maior. O que viria a seguir?

Predestinada ao Alpha Onde histórias criam vida. Descubra agora