capitulo 8

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Vitoria:
Achei que meu coração ia sair pela boca, não posso acreditar nas palavras que acabei de ouvir, olho para o meu braço e vejo que ficou a marca de seus dedos pelo seu aperto. Sinto a raiva crescer dentro de mim.

— VOCÊ VAI SE ARREPENDER POR ME ENVOLVER NESSE INFERNO.

Gritei, consumida pela raiva, colocando a cabeça sobre as pernas e chorando até não ter mais lágrimas. Passei a noite em claro, incapaz de dormir, atormentada pela revelação que me pegou de surpresa.

Por que eu? Tantas outras pessoas poderiam estar nessa situação. Ouvindo o barulho da porta, vi Aaron entrar no quarto, jogar uma bolsa sobre a cama e sair sem dizer uma palavra. Com o corpo doendo a cada movimento, levantei-me devagar e fui até a bolsa. Dentro, encontrei algumas peças de roupa e produtos de higiene. Peguei o que precisava e me dirigi ao banheiro, colocando as coisas na pia.

Quando me despir, encarei meu reflexo no espelho. Estava acabada, com marcas roxas pelo corpo e uma grande na costela. Respirei fundo e fui em direção ao chuveiro. Liguei a água quente e deixei que ela escorresse sobre mim, aliviando um pouco a dor e o cansaço.

Depois do banho, vesti a roupa com dificuldade, determinada a sair daquele lugar. Fui até a porta e a abri com cuidado, espiando para ver se havia alguém. O corredor estava vazio. Comecei a andar lentamente, tentando não fazer barulho. Quando cheguei à escada, prestes a descer, escutei sua voz fria ecoar atrás de mim.

Claro! Vamos personalizar o texto. Aqui está uma versão revisada e enriquecida:

— Vai a algum lugar, docinho?

O susto me fez pisar em falso, e eu caí escada abaixo. Quando meu corpo atingiu o piso, um barulho de algo quebrando ecoou, seguido por uma dor intensa. Olhei para minha mão e gemi, sentindo a angústia subir. Ela estava quebrada ou pelo menos eu achava que estava , e lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto.

— Ai, meu Deus! Porra! — minha mão tremia de dor.

Tentei me levantar, ainda meio zonza, mas não consegui. Aaron apareceu rapidamente, pegando minha mão e avaliando o estrago.

— Porra! Olha como isso ficou. Vou colocar no lugar, mas isso vai doer bastante, tudo bem? — Fiz um sinal afirmativo com a cabeça. — Vou contar até três. Um... dois... três.

Ele reposicionou rapidamente o osso, e eu gemi de dor. Aaron colocou a mão em meu rosto, tentando me acalmar.

— Pronto, já passou.

Respirei fundo e, enquanto ele mantinha a mão em meu rosto, nossos olhares se cruzaram. Então, uma onda de visões invadiu minha mente, imagens de horrores que pareciam estar conectadas a ele. Aaron se afastou repentinamente, ambos atordoados.

— O que foi isso? — perguntei, mas ele não respondeu e saiu rapidamente. Meu coração disparou, e as lágrimas não paravam de cair. O que foi aquilo?

Levantei-me do chão, apesar da dor. Eu precisava entender. Encontrei Aaron sentado em uma poltrona, bebendo algo.

— O que... o que foi que eu vi? — perguntei, mas ele se manteve em silêncio, nem se dando ao trabalho de olhar para mim. — FALA, POR FAVOR!

— Eu não tenho nada para te falar.

— Por que eu estou sentindo isso? — as lágrimas escorriam sem controle.

Ele se levantou bruscamente, jogou o copo na parede e veio até mim. Nossos rostos ficaram praticamente colados.

— Você quer saber, mas não é da sua conta.

— Eu sinto a sua dor, e é uma dor que não consigo suportar.

— Eu não vou te falar nada, não insista, por favor.

Ele virou as costas, começando a subir, mas antes de ir, disse:

— Eu também senti a sua dor.

Ele desapareceu da minha vista, e depois de muito pensar, levantei-me e subi as escadas até o quarto. Deitei-me na cama e, após um tempo refletindo, consegui finalmente dormir.

Ao acordar, deparei-me com Aaron encostado na porta, me observando. Fiquei surpresa.

— Aaron, o que foi? — perguntei, e ele respirou fundo antes de falar. Entrou, pegou uma faixa e se sentou ao meu lado.

— Não quebrou para a sua sorte, só saiu do lugar e provavelmente sofreu uma luxação — disse, enrolando a faixa na minha mão. — Eu e você temos um laço de companheirismo.

— O que isso quer dizer?

— Quer dizer que você é minha... e eu sou seu para sempre. Não há como mudar isso. É como se nossos destinos estivessem ligados, predestinados. Na verdade, você nasceu para mim e eu para você. Nada no mundo pode mudar isso. É um laço eterno.

Fiquei atordoada, tentando entender.

— Você está falando de um laço, tipo... imprinting, como em Crepúsculo?

Se precisar de mais alterações ou quiser adicionar algo específico, é só me avisar!

— Imprinting de quê? Mulher, você é louca? (Ele respira fundo antes de continuar) Quando a gente teve aquelas visões, você viu o meu passado e eu vi o seu, e eu vi sua dor e tudo o que aconteceu com a sua mãe, e sinto muito por isso.

- Bom, você viu com clareza tudo o que passei, mas eu não vi direito, era como se suas memórias fossem um borrão, só consegui ver algumas coisas desconexas, mas pude sentir o quanto você sofreu.

- Que bom, pois eu não quero que você saiba de nada, docinho, agora durma.

Ele fala e se vira, saindo do quarto. Fico meio atordoada com essa revelação. Sigo o conselho dele e tento dormir, rapidamente meus olhos começam a pesar e logo adormeço.

Acordo no outro dia com vozes alteradas vindo do outro lado da porta.

- Eu vou entrar agora, preciso olhar para ela.

— Levi, espere...

Logo a porta do quarto é aberta e vejo um homem mais velhota entrar no quarto, ele me encara sem acreditar no que seus olhos estavam vendo, olho para ele e percebo que já tinha o visto antes... sim era ele, ele que estava na foto junto da minha mãe, meu coração quase para quando ele solta as palavras a seguir:

- Você é a cara da sua mãe, filha.

Predestinada ao Alpha Onde histórias criam vida. Descubra agora