Sempre Anna

Juntos novamente

A conversa foi animada no jantar, estou começando a gostar desse tal de Daniel, pelo pouco tempo que estou com eles, é notória a diferença de Maya, está sorridente, animada...e tranquila ao mesmo tempo. Ele é muito gentil e atencioso com ela, além de ser engraçado, contou umas historias que nos fez rir até a barriga doer. As 10 seu telefone tocou, era uma emergência, ele teve que sair às pressas. Eu disse a Maya que iria até o apartamento de Andrés e ela disse que iria deitar, pois estava cansada.

Aqui estou eu, passando mais uma camada de rímel, um batom leve, uma sombra... quero estar linda e para isso preciso de uma maquiagem bem feita. Coloco o top de renda preta e a saia, ambos comprados no Brasil, a saia é xadrez e deve medir uns 30 cm, bem, me olho no espelho e o bumbum está praticamente de fora... sorrio para mim mesma. Visto minhas meias ¾ e calço um sapato social de salto fino. Faço um rabo de cavalo bem alto e bem preso. Agora sim, pareço uma striper, uma universitária, ou qualquer coisa do gênero super safada. Visto um sobretudo por cima e vou a caça.

Daniel ligou para Andrés, só para confirmar se estaria em casa e bingo, nenhum compromisso para hoje. Pego o carro e dirijo até seu apartamento, estou empolgada e ansiada, com um pouco de vergonha também, amarrei com força o sobretudo para me certificar que ninguém verá por baixo, se não, posso ser presa por falta de pudor.

Canto alto e acompanho a musica para distrair o nervosismo.

You say I'm crazy
Cause you don't think I know what you've done
But when you call me baby
I know I'm not the only one

O trajeto pareceu mais longo hoje, deixo o carro estacionado em frente ao prédio e vou até o porteiro.

- Boa Noite senhorita.

- Boa noite! – digo animada.

- Veio ver o Sr. Andrés? Vou anuncia-la.

- Não se preocupe, ele está me aguardando. – tento aparentar normalidade.

- Tudo bem, pode subir. - enganei o bobo.

No elevador dou mais uma arrumada no cabelo e vejo que minhas bochechas estão vermelhas, me abano com as próprias mãos. Chego a sua porta e fico alguns segundos parados até criar coragem de bater, olho em volta, verificando se não há ninguém. Tiro o sobretudo e deixo sobre um sofá que há no corredor, ajeito a saia, tento dar uma ultima conferida e bato de leve na porta por 2 vezes, estalo todos os dedos, estou quase tento um ataque cardíaco.

A porta se abre, Andrés está de camiseta cinza e uma calça preta, cabelos ainda molhados. Gostoso como sempre! Simplesmente fica sem reação ao me ver, seus olhos brilham de surpresa e um sorriso largo aparece no rosto, me deixando mais tranquila.

- Foi daqui que solicitaram uma acompanhante? – digo brincando.

- Não era essa acompanhante que eu estava esperando. – responde rindo.

- Desculpa senhor, casa errada. – viro de costas e ameaço sair, ele me puxa pela cintura e gruda em um beijo apaixonado, fecha a porta com o pé e me imprensa na parede, não me deixando nem respirar, seu beijo suga todo o ar que possuo e me enche de tesão.

- Porque não me avisou que estava voltando. – diz em meio aos beijos,

- Queria fazer uma surpresa. – o encaro receosa.

- Foi a melhor ideia que já teve!

Ele retira a camisa e joga pra longe, seus lábios atacam meu pescoço sem dó e minhas mãos passeiam por suas costas largas, aproveitando seu corpo quente.