Um é pouco, dois é bom, três é demais.

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Olá meninas, desculpa a demora, recebi muitos recados desesperados ..rss

Mas um imprevistos aconteceram e a semana passou turbulenta, fazendo com que 

eu não conseguisse escrever.

Mas segue o capitulo tão esperado.

Espero que gostem.

S2




ANNA

Escuto vozes e passos, o barulho do cadeado se abrindo, cubro-me bem e finjo estar dormindo, como passava a maior parte do tempo desmaiada, não vão desconfiar.

- Ela continua sem comer. – a voz resmunga.

- Tenho trazido todas as refeições, exatamente como o senhor mandou. Não tenho culpa que ela é uma enjoada. – os talheres fazem barulho no prato.

- Isso é comida pra porco, lógico que ela não vai comer essa porra. – começo a ter uma taquicardia, reconheço essa voz, eu sei de quem é essa voz. Droga...respira...respira... preciso continuar fingindo. – Compre comida fora e traga, não quero mata-la de fome. Não agora!

- Não que seja da minha conta, mas o senhor disse que o "frango seria morto".

Santo Deus, eles querem me matar! Vão me matar!

Lágrimas escorrem dos meus olhos, começo a tremer como se meu sangue tivesse congelado e um ataque de ânsia incontrolável, saio de baixo das cobertas e vou correndo em direção ao banheiro, seguro meus cabelos e vomito, o pouco alimento que tenho ingerido acaba de se esvair. Escuto-o ralhando com o homem que achava ser meu vizinho.

- Seu idiota! Ela devia estar dopada! Imprestável!

- Não sei o que aconteceu senhor, juro que coloquei o remédio na água, como todos os dias.

- Se tivesse colocado, ela estaria dormindo profundamente e não acordada! Saia daqui! Não quero mais olhar para sua cara patética!

Enxaguo minha boca com agua da torneira, seco no moletom e volto para o quarto. Ele está ali, parado, me olhando de um jeito estranho, seu olhar confuso não me convence. Está de barba e usa boné, está diferente da aparência que eu conhecia, seus olhos cheio de ódio e rancor são desconhecidos para mim.

- Por quê? Por quê??? Por que você me sequestrou? – quero respostas, é só o que quero. Preciso entender tudo isso e pelo menos morrerei sabendo a verdade.

- Anna, precisei fazer isso.

A resposta me enche de nojo e começo a chorar. – Isso não respondeu minha pergunta, o que eu fiz pra estar aqui?

- Nasceu. Sua existência é o problema. Tudo podia ter sido diferente, se tivesse me amado. Mas não, preferiu aquele idiota e estragou tudo. Poderíamos estar casados, felizes e bem longe daqui.

- Você é um doente, psicopata. – grito em meio a um turbilhão de lágrimas.

- Sou um louco que se apaixonou pela mulher errada. Achei que nunca precisaria ter essa conversa com você. Não precisávamos nos desgastar.

- Acha que sou mesmo idiota? Que não notei um sono excessivo, que me tirava de órbita e me deixava tonta o dia inteiro. Joguei a droga da sua água fora!

- Está dificultando as coisas, graças ao meu amor e admiração por você, iria fazer as coisas da melhor maneira possível.

- Amor? Admiração? Não sente e nunca sentiu nenhum pingo de amor por mim! Quem ama não engana, não machuca e não mantém trancafiada em um lugar imundo desses.

Sempre AnnaOnde histórias criam vida. Descubra agora