INDESEJADA ATRAÇÃO - Série Atração #1 (DEGUSTAÇÃO!)

Capítulo 10 - Rafael

Atenção!

Essa história ficou disponível para leitura até 26/12/2016, sendo deixado apenas alguns capítulos para degustação.

O segundo livro da série, Irresistível Atração, já encontra-se disponível para ser adicionado a sua biblioteca.

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Mesmo ocupado com os documentos que fique de preparar para o meu chefe, minha mente não queria cooperar. Ela estava longe, mas muito longe do escritório de advocacia onde eu fazia o meu estágio. Onde ela realmente não deveria estar.

Eu estava em férias das aulas de direito, mas não totalmente livre. Tinha o meu trabalho para ocupar os meus dias e pensamentos. E naquela manhã de segunda-feira estava sendo particularmente ruim. Talvez fosse o fato de que nas ultimas duas noites eu não ter conseguido dormir direito, ou porque minha mente só queria reprisar toda a conversa que tive com Alice, e o beijo que lhe dei.

Era errado, eu sabia disso. Deus, como eu sabia. Mas por mais que eu tentasse, me forçasse a pensar em outra coisa, não adiantava. E isso me deixou fulo comigo mesmo.

Tentei pensar e Selena, em como tínhamos feito as pazes no domingo, como tivemos um sexo bom e como as coisas sempre eram boas entre nós.

Mas Alice sempre invadia a minha mente, e passar grande parte da noite anterior com a presença dela na minha casa, não foi nada fácil. Selena corria sua mão por minha coxa, enquanto tudo o que eu tentava fazer era não olhar para Alice e prevenir que meus pés tocassem os delas sob a mesa.

Não queria nenhum tipo de contato com ela. Não podia querer. Era errado querer.

E só era difícil fazer o meu cérebro entender isso.

E mais difícil ainda o meu coração.

Alice era algo proibido. Tinha sido algo distante por tanto tempo, algo irreal, um sonho. Tê-la aqui só me fazia pensar se não estaria ficando maluco. Bem, maluco sim, porque eu tinha uma namorada linda, incrível, mas havia outra garota que, em menos de três dias, já havia reconquistado todo o sentido racional do meu cérebro.

Meu chefe não estava muito feliz comigo naquele dia. Não era para menos, eu tinha tirado pelo menos cinco cópias erradas do documento e derrubado café em uma procuração importante. Perfeito.

Acabei sendo dispensado antes do meu horário normal. Tive medo de que aquilo significasse minha demissão, mas meu chefe me assegurou que não iria me demitir. Ele gostava do meu trabalho e estava evidente que eu estava em um mau dia.

Eu só esperava que aquele dia terminasse logo. E que no dia seguinte, eu tivesse voltado ao normal.

Sem ter mais o que fazer, e pra lá de frustrado, peguei minhas coisas e fui para o meu carro. Sentei atrás do volante e afrouxei a gravata. Não gostava de usar ternos no começo, mas já tinha me acostumado com a vestimenta. Teria que me acostumar de uma forma ou de outra; em breve a usaria por todo o resto da vida, sendo o advogado que eu planejava ser.

Tomando uma respiração profunda, liguei o carro e segui para casa. Aproveitaria o tempo livre que ganhara para fazer alguns relatórios e me preparar para o começo das aulas que logo estariam ali.

Ou, pelo menos, esse era o plano. Contudo, quando virei a esquina da rua da minha casa, vi uma movimentação. Os caras estavam sobre o gramado da casa dos meus pais, e até sobre o gramado da família Lobo, jogando futebol.

Tive que buzinar para Gabriel sair da frente do carro, antes que eu passasse com o carro por cima dele. E era melhor ele não duvidar da minha coragem de fazer aquilo. Não naquele dia.