Esperamos na sala dela, e logo eles foram liberados.
Se imaginem: Muitas criancinhas andando por debaixo das suas pernas, e falando coisas fofas. Minha situação.
Overdose de fofura!Eu sei que sou baixinha, tenho apenas 1,52m, mas minha irmã também é, ela tem 1,17m. Isso, 1,17m com 6 anos!
"1,52m com 15 anos!!"-Milenne, não é?
-Aham.
-Já vou chamá-la.
-Obrigada.
A professora logo voltou com ela, que estava com a cara emburrada.
-Milenne hoje bateu na colega, porque a mesma ia pegar uma bolacha dela. Por favor, ensinem ela a dividir e a não agredir.
-Jesus mandou dividir o pão e não a bolacha. -Rimos, mas a professora não pareceu estar muito contente com a piada.- Ahm, quer dizer, eu achei que era pra isso que ela estava aqui.
-Nós educamos, sim, mas os pais também tem que educar em casa.
Milenne veio no meu colo.
-Se eles não estiverem mortos e você encontrá-los pra mim...-Qualquer responsável. Nós devemos educar nossas crianças desde cedo, para que no fut....
Olhei meu relógio que nem funciona.
-Tenho que ir, estou atrasada.-Fui andando.-No caminho-
-Aquela professora é chata... Eu não quero dividir meu lanche.-Nem eu, continua assim. Mas não bata nela, ok?
-Ok.- Sorriu, e estendeu as mãos para Joseph.
-Quer me trocar,é?!
-O colo dele é mais macio.
-Tudo bem, eu supero.- Rimos.
Joseph pegou ela no colo.
Ir até minha casa é mais ou menos 10 minutos a pé. Milenne não aguenta andar nem 30 segundos.-Querem que eu continue?
-Não precisa, vai lá pro seu almoço.
-E aquele beco ali?
Nós sempre passamos por um beco deserto e fedido a cerveja.
-Ninguém passa por lá.-Justamente por isso.
-Obrigada, Joseph, não quero te atrapalhar.- Dei um beijo na bochecha dele.- Até amanhã.
-Até.
Andamos um pouco, e finalmente passamos pelo beco escuro, fedido e deserto.
-Tô com medo...
-Todo dia passamos por aqui, Milenne. Pra que ter medo?
-Meu coraçãozinho tá assim... Pum pum pum pum pum!!!
-Acalma seu coraçãozinho, en...
-Aaaa!
Senti minha mão se soltando da de Milenne, e assim que me virei tinha um homem com uma arma na cabeça dela.
-Me passa o dinheiro!
-Eu... Eu não tenho nada, só materiais... Por favor, solta ela!
-Nada, é? Então acho que ela terá que morrer...
Vi o dedo dele mexendo no gatilho. Pisei forte em seu pé, e ele deixou a arma cair.
Peguei a mesma, ele tinha outra, quando ia atirar, eu apertei meus olhos e o gatilho.Quando abri, Milenne estava deitada, traumatizada, e o homem estava caído ,sem vida.
-Você... Matou ele.-Disse Milenne com os olhos arregalados.
-Vamos embora daqui.
Peguei ela e saí correndo.
No momento só podia pensar nas minhas digitais, mas lembrei da luva que estava usando por conta do frio. Depois comecei a pensar na alma que matei e na que salvei. Eu sou uma assassina ou heroína?