Na escola eu andei de cabeça baixa e não falei com ninguém além de Joseph, e... Zayn.
-Sinto muito pela sua irmã, Chloe.
-Você não sente nada por ninguém...
-Oh, eu tô falando sério, ela era uma boa pessoa, não precisa ser grossa.
Joseph interrompeu a conversa, e foi falar com Zayn longe de mim.
*-Ela tá mal esses dias,acredite, nem eu consigo fazer ela entrar nos trilhos.
-Eu sei que eu errei com ela, mas ainda me importo e não quero vê-la sofrer.
-Hum... Você namora Des, não é?
-É. Por quê?
-Nada não... Só queria ter certeza. *
-Não precisava falar com ele daquele jeito, Chloe.
-Ele merece.
-Zayn se arrependeu.
-Se quiser volto com ele.
-Eu vou levar em consideração que você está em um momento difícil.
Pensei no que disse, e foi imbecilidade.
-Desculpe... É que... Você acha que eu devo esquecer?
-Você nunca deve esquecer sua irmã. Só... Ela não vai voltar, Chloe, e você se isolar do mundo e tratar as pessoas mau não vai trazê-la também.
-Você tem razão. Eu vou tentar.
-Na casa de Joseph-
Hoje vou dormir na casa de Joseph, já que temos um trabalho de escola.
-Tô saindo filho, tchau, Chloe.
-Tchau, dona Laura.
A mãe de Joseph saiu para o trabalho, e ficamos somente eu e ele.
Eu não sou tão boa na cozinha, mas Joseph é expert.
-O que você quer comer?
-Nada.
-Como assim nada?
-Não tô com fome.
-É claro que está. Por isso eu vou fazer um pratão pra você. Vai comer como nunca comeu.
-Joseph, não quero comer.
Ele se ajoelhou na minha frente, e fez biquinho.
-Por mim... Vai, só um pouco...
Olhei aqueles olhinhos de cachorro abandonado.
-Tá... Um pouco.
-Ok.
Ele voltou com um prato que parecia uma montanha de comida.
-O que é isso?
-A comida.
-Qual parte de "Um pouco" você não entendeu?
-A parte que você diz "pouco". Relaxa, se não aguentar eu como o resto.
-Acho que eu vou comer o que está no canto desse prato.
-Ok, acho que coloquei muita comida. Eu dou o resto pro Rex.
-Rex?
-É, um cachorro aqui da rua.
-Own, você ajuda cachorrinhos desamparados.
-Na verdade é um pinscher agressivo que só não sai atacando todo mundo quando está alimentado.
-Oh... Mas pinschers são pequenos.
-São, mas ele já mordeu minha perna. Saí correndo mas ele ainda tava preso na minha calça... Fiquei que nem um louco gritando.
Ri imaginando a cena, e ele sorriu. Provavelmente estava feliz por eu sair do meu momento de tristeza, e voltar a ser quem eu sempre fui.
-Eu amo sua risada... -Disse ele se aproximando. -Eu amo o jeito que ela sai da sua boca... -Se aproximou mais, e disse encostando nossos lábios.- Eu te amo,Grace. -Celou com um beijo
