Capítulo 4

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Tia Roxy na mídia ...

    Sem mais demora, peguei meu diário, e uma caneta que estava no balcão de tia Roxy, e fui. Esperando que algum milagre acontecesse. Muita gente na praia já estavam indo embora, afinal já era tardizinha, andando em volta da areia molhada,

percebi que poucas pessoas que ficaram, estavam a me observar, não dei importância, afinal, pessoas desconhecidas, devem chamar muita atenção em cidade pequena, porem me assustei com a proximidade de um grupo de jovens que estavam jogando vôlei. Entre eles, um rapaz , com seu jeito arrogante, me viu passando e gritou:

- Carne fresca pessoal - como se eu fosse um brinquedinho novo que havia acabado de chegar na cidade.

Continuei andando, porem atrás de mim, ele falou debochado e auto o suficiente para todos ouvirem:

- Pra sua informação querida, numa praia as pessoas costumam usar biquines e andar descalço. Ou você nunca esteve numa praia antes, acertei? – todos em minha volta riram debochados, porem, a arrogância dele me incomodou tanto que eu me virei e respondi em minha defesa no mesmo tom que ele:

- Você não tem nada melhor para fazer, do que se intrometer na minha vida, ou a sua vida é tão medíocre que você precisa se sentir melhor incomodando os outros.

Na hora em que terminei a frase todos vaiaram. Os amigos dele começaram a chamar ele de voltar, um deles foi sarcástico o bastante, pra falar, "Deixa ela em paz, sendo nova na cidade, logo vira correndo, pedir nossa amizade, afinal, ninguém consegue, permanecer solitário por muito tempo" , fazendo todos rirem. Na hora pensei, porque eu iria querer andar com um bando de arrogantes, me afastei sem me importar com os comentários, e continuei andando. Por outro lado, ele logo, voltou com os amigos e continuou jogando, vôlei.

O pior é que ele tinha razão, na loja da minha tia, eu só deixei minha jaqueta preta em cima da cadeira de balanço, não troquei de roupa, e nem pensei em colocar um biquíni, sai do jeito que estava.

Estava com tênis ALL – Star preto, um short preto curto com taxinhas, e camiseta verde baby look sem manga, que havia trocado no banheiro da rodoviária 10m antes de entrar no ônibus, pois em Belo Horizonte - MG, é muito quente em todos os aspectos.

Por tanto, não me importei com os comentários e as zoações, simplesmente os ignorei, são todos, um bando de arrogantes. Já com meus pensamentos a mil, nem percebi que havia me afastado bastante, do lugar onde estava, encontrei uma montanha de pedras, ao redor da praia, sentei com o diário nas mãos, e comecei a desenhar, observando o ambiente. Atrás daquela montanha havia uma floresta gigante e escura, pensei olhando para o céu , nem tudo esta perdido , vim parar em uma cidade, onde tem uma linda praia, o por do sou é maravilhoso, e a floresta parece ser calma e inofensiva, um lugar bom para se pensar, dei risada, como uma garotinha pensando em aprontar, já com a ideia de pular do outro lado da montanha para explorar a imensa floresta. quando ouvi a voz de um homem logo atrás de mim, é, parece que não estava tão sozinha assim:

- O pôr do sol daqui é lindo, não?

- É absolutamente incrível - reponde admirada.

Meu Deus, como não o vi chegar, será que eu estava tão distraída a ponto de não ter ouvido seus passos.Ele percebeu o susto que levei e respondeu, com um meio sorriso

- Desculpe, não foi minha intenção.

-Não, tudo bem, não precisa se desculpar - respondi sem graça.

- Aliás, meu nome é Brad, e você não deveria andar sozinha em uma cidade desconhecida. Tem muita gente má por aí, e você não vai gostar de se esbarrar com nem uma delas – disse ele debochado.

Floresta ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora