Prólogo

30 4 1
                                    

Imerso em um mar negro, sem forma nem odor; Apenas a escuridão. Meu corpo parece flutuar dentro deste oceano sem fim. A cada direção que procuro vislumbrar um feixe de luz, parece que me faz adentrar mais ainda neste oceano. Um vento gélido bate em meu rosto, mas não consigo identificar de onde vem está brisa. Nenhum som parece estar sendo emitido; sinto apenas a escuridão. Num milésimo de segundo, sinto estar sendo puxado para fora deste oceano. Aos poucos consigo abrir meus olhos. Identifico lentamente o que me fizera sentir aquela brisa gelada. Meu ventilador está virado na minha cara, como se fosse um tufão.

Levanto devagar e me ponho sentado à beira da cama. Através da janela, posso ver que ainda está de noite. Agora em pé, pouso em frente à janela, observando as ruas. Mal consigo acreditar, que estava naquele momento de pé. penso comigo mesmo : - Pra que acordei está hora?
Sem entender o que estava acontecendo, resolvi aceitar este fato e despertar. ligo a luz do banheiro, no espelho a minha frente, vejo o rosto de um garoto que se tornara um rapaz. Com as mãos cheias de água gelada, lavo o rosto para despertar daquele recente frenesi de sono que ainda dominava minha mente.

Agora um pouco mais lúcido, abro a janela e me ponho fora daquele quarto. Começo a escalar até o telhado daquela humilde casa. Chegando ao seu topo, consigo vislumbrar as ruas iluminadas por luzes brilhantes. Alguns carros passam por estas ruas, tão solitárias como eu, naquela noite. Sento na beira do telhado, apenas observando. Escuto o som que mais gosto de ouvir. O silêncio. Apenas observo a noite que estava se extinguindo, com o raiar da luz do sol que começara a nascer, lá no leste.

Que grosseria a minha, não me apresentei. Meu nome é Dante, meu caro leitor. O que você estará prestes a viver nestas páginas, são os anos que começaram a minha vida...

O olhar para o novoOnde histórias criam vida. Descubra agora