O sol já está radiante quando percebo. Olho em meu relógio e vejo que o ponteiro marca as 7:00 da manhã. desço de volta ao meu quarto, realizo minha higiene matinal, tomo um banho gelado para poder refrescar o corpo, pois o dia estava só começando.
Descendo as escadas ainda de toalha, procuro naquele casebre meus familiares. Noto que estou sozinho. Isto é bom, pois tenho um momento só para mim naquele dia. Tomo meu café e começo a me arrumar para finalmente sair. As ruas parecem animadas, noto bastante barulho dos carros indo e vindo naquela hora do rush matinal. Com os fones no ouvido, começo a correr para exercitar um pouco as pernas, ao redor daquela vizinhança. Passo olhando as pessoas, cada uma delas preocupadas em como prender o tempo, para realizarem seus afazeres rotineiros. Não vejo nada contra nisso, até acho admiravel, porém, acho que deveriam parar de encurtar o tempo viverem um pouco o que, a cada segundo, estavam perdendo. Sua liberdade
Após um percurso de 30 minutos, volto para minha casa. Ao entrar, minha mãe se apresenta na cozinha
Bom dia meu filho - dizia ela.
Bom dia mãe - acrescentei.
Vejo que você acordou cedo. Não devia ir ver sua situação na escola?
É claro, mas vou mais tarde okay?
Ela assentiu meu comentário dando os ombros.subi para meu quarto, tomei um banho, coloquei uma bermuda e uma regata preta e desci novamente para ir ao colégio. Antes de sair, minha mãe avisa - Não esqueça seus documentos. Após pegar a carteira, saio novamente. Agora em rumo a escola. Irei cursar o último ano do ensino médio, mas parece que não tem fim.
Após resolver minha situação no colégio, resolvi dar uma volta e conhecer mais o bairro. Logo a frente, deparei-me com uma praça com alguns grupos de jovens da minha idade. Nunca me dera bem com tantas pessoas, gostava mais de estar na minha. Nunca tratei ninguém mal, é claro, porém prefiro minha própria companhia. Resolvi puxar algumas barras, para me distrair, mas sinto que alguém toca em meus ombros.
Você não parece ser daqui... É novo no bairro? - Dizia uma rapaz um pouco maior do que deu.
Não. É que não saio muito... - respondi me virando.
Assim. bom, vejo que você gosta de se manter em forma. - retrucou o rapaz.
É uma boa forma de viver - Disse sem esperar.
Bom, sendo assim somos parecidos. Meu nome é Douglas - respondeu sorrindo e erguendo a mão.
Dante... - O cumpimentei brandamente.Você que não aparenta ser daqui Douglas. - lancei de volta.
Exato. me mudei tem poucas semanas. - respondeu de relance.
Bom, o que posso te dizer, que este bairro é bem tranquilo. - respondi sorrindo.
Deu para perceber, meu amigo. -respondeu logo em seguidaBom a hora passa e nem vemos. nos esbarramos outro dia, Dante - O vi se afastar na descida da rua. Douglas parecia ser um pouco mais velho que eu. Deveria ter 18. Usava um óculos meio retangular e tinha a expressão de uma pessoa pacata e tranquila.
Pensei naquele momento que algo de diferente começava a acontecer...
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O olhar para o novo
AcakA história começa com Dante, um jovem garoto de 17 anos, onde começa a enxergar a vida com outros olhos, como se entrasse num novo mundo