Deus

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Entrei em casa e o Daniel e o Mikiu estavam com uma cara de preocupação, quando repararam em mim o Mikiu ficou com uma cara de alívio e o Daniel veio até mim com uma cara séria, eu pensei que ia me dar uma bronca mas em vez disso deu-me um grande abraço e muito apertado. Eu não sabia como reagir por isso apenas agarrei a sua T-shirt com força, instintivamente olhei para o cimo das escadas e vi o Derek a olhar-me de cima, aqueles olhos frios paravam-me o coração, o Daniel deve ter percebido que eu estava desconfortável por isso largou-me.

Baixei a cabeça, porque me sentia tão mal quando ele olhava assim para mim? Ainda bem que o Mikiu começou a ralhar comigo se não eu não sabia o que fazer.

-Tu não podias ter-nos deixado ou um bilhete ou alguma coisa?!- Começou a dizer Daniel

-Calma e eu sou fui passear um pouco... E se eu tivesse dito alguma coisa vocês viriam atrás de mim- Resmunguei

Ouvi o Derek a bufar do cimo das escadas, olhei para onde ele estava, ele olho para mim e depois foi-se embora. Senti-me muito mal se calhar devia ter ficado em casa mesmo...

A campainha tocou, eu achei estranho porque a Cloe não á suposto vir tão cedo, fui abrir, quando abri a porta estava lá Elaine

-Elaine?

Ela deu um passo á frente e eu um atrás, não que estivesse com medo mas ela estava a assustar-me

-Yuri!- Ouvi Derek gritar atrás de mim, quando me virei o Daniel e Mikiu estavam espantados com algo, virei-me e vi o Derek a encostar a Elaine na parede com um punhal na mão quase a espeta-lo na sua garganta, a Elaine estava completamente calma com a mesma expressão de sempre. Fui rápido e puxei a mão do Derek mas não consegui faze-la parar só consegui faze-lo falhar no ponto.

-DEREK QUE PORRA É QUE ESTAS A FAZER!?

-Yuri ela é um demónio!!!- Gritou-me Derek

-Ela sabe Derek...- Ela fez uma breve pausa e olho para mim- Tu viste as minhas memórias não foi?

Flashback»

Ela olho para a minha mão com a mesma expressão, demorou um pouco mas ela apertou a minha mão também.

Memórias»»

Estávamos a brincar no quintal, eu e o meu irmão...

-Crow! Vamos brincar á apanhada!!!

-Não Elaine, vamos brincar na casa da árvore!!!

-Meninos não discutam!- Gritou a minha mãe dando uma tapa na testa num e noutro

-Mas mãe é a minha vez de escolher- Disse fazendo beicinho

-Mãe ela está mentir ela escolheu da última vez!- Disse cruzando os braços

-Queixinhas- Resmunguei

-Elaine...!

-Pronto, podes escolher Crow...

-Yey!- Gritou ele

-A mãe vai estar lá dentro- Disse a mãe cambaleando até lá dentro

Virei-me e no mesmo segundo ouvi um estrondo atrás de mim, olhei para Crow que estava paralisado a olhar para traz de mim eu também não consegui-me virar até ouvir o meu pai a gritar. Quando me virei a minha mãe estava estendida no chão e o meu pai a levanta-la.

Fomos ao hospital esperamos três horas o meu irmão estava já deitado no meu colo, depois de chorar baba e ranho, já estava quase a dormir. O meu pai estava a andar de um lado para o outro quando o médico chegou, pela reação de raiva e tristeza do meu pai já sabia o que tinha acontecido, uma lágrima escorreu pelo meu rosto...

A arma que escolhemos Where stories live. Discover now