- Pronta alteza?
- Pronta. - digo mesmo não estando.
As portas se abrem e eu entro com o texto decorado.
- Bom dia cavalheiros, espero que tenham passado bem a noite. Irei conhecer particularmente cada um. Não vou tomar muito do seu tempo para irmos tomar café. - falei e me digeri até as poltronas no canto do salão.
O primeiro cavalheiro se diretor até mim e fez uma reverência.
- Alteza. - ele falou.
- Parece nervoso.
- Não é todo dia que se conhece uma princesa. - ri.
- Acel?
- Acertou princesa.
- O que você faz?
- Eu trabalho em um restaurante na praia e sou salva vidas no final de semana.
- Deve ser bom trabalhar perto da praia. Eu nunca fui na praia, mesmo minha família tendo uma casa gigante na praia.
- Eu gosto muito.
- E a sua família?
- Meu pai e minha mãe moram em Columbia, eu quis ir para a praia.
- E onde você mora atualmente?
- Em Waverly.
- Senhor Acel, pode ir e chamar o próximo? A conceda está boa mas tenho outros Cândida toda a conversar.
- Certo. - ele sorriu e voltou ao seu lugar.
- Desculpe, não lembro seu nome. - digo envergonhada por não ter estudado bem as fichas.
- Eu lembro bem o seu. Kerttu Koshinen é um nome muito poderoso não é? - ele riu.
- Oh meu Deus! - fui pega de surpresa.
- Me desculpe por ontem.
- Tudo bem. Só não conte para ninguém, nunca, certo?
- Certo. O meu nome é Oscar.
- De Kent não é?
- Isso mesmo.
- E você trabalha?
- Eu trabalho cantando e tocando piano em festas.
- Minha mãe me passou uma das suas não muito dominadas artes, tocar piano. Sou melhor que ela, minha vó me ajudou. Não que você tenha perguntado. - ri.
- Eu quero saber. - ele apoiou o cotovelo sobre o joelho. - O que mais você faz?
- Eu sei cozinhar alguns doces, arte do meu pai. E eu adoro fotografia, que realmente só posso ter puxado do meu tio ou do meu avô, porque minha mãe é péssima nisso. - rimos. - Não vim conversar sobre mim. E a sua família?
- Eu tenho um irmão mais novo. Minha mãe e meu pai são divorciados, é difícil viver uma vida indo pra lá e pra cá o tempo todo.
- Parece cansativo.
- Talvez o palácio de uma folga, se eu ficar.
- Está se saindo bem, anime-se, hoje você não vai embora.
*
- Martim? - chamei.
- Sim alteza?
- Quantos faltam?
- Só 6 alteza.
- Obrigado.
O próximo chega e se senta na poltrona.
- Dean? - perguntei.
- Sou eu.
- Você é de Bonita não é? - só lembro disso por analisar várias vezes sua ficha por ele ser realmente lindo.
- Fez o dever de casa?
- Digamos que sim. - sorrio. - O que você faz?
- Eu sou garçom, nem todos têm um emprego glamuroso como o seu alteza. - ele sorriu pra insinuar que era uma brincadeira.
- Meu trabalho é mais difícil que parece e essa coroa é bem pesada tudo bem? - falei em minha defesa.
- Certo certo. - rimos.
- E a sua família?
- Ah, meu pai e minha mãe pararam de me bancar por eu não querer ficar na faculdade de direito. Então comecei a trabalhar lá no bar. - ele diz como se eu soubesse onde é.
- E o que você quer na vida? - pergunto com calma.
- Acho que, - ele pensou um pouco. - provar que sou mais do que os outros acham que sou.
- É um futuro interessante senhor.
- É, eu acho.
Me endireitei na cadeira, se minha mãe me visse já me daria uma bronca.
- Pode ir senhor, nos vemos depois.
Ele faz uma reverência e sai.
Quando o próximo vem chegando tenho esconder a minha expressão de "nossa!"
Cabelo loiro, olhos azuis, o sonho de toda garota, parece um príncipe encantado.
- Phillip?
- Alteza? - ele riu.
- Sente-se por favor. - ele obedeceu. - Conte sobre você.
- Eu trabalho com padeiro. Eu tenho mais 3 irmãos mais velhos e uma irmã mais nova.
- Nossa e eu achava que ter irmãs gêmeas era ruim. - ele riu.
- Desculpe, mas parece entediada alteza.
- Estou, por favor, me acorde. Me diga algo que não ouvi ainda.
- Eu sei uma coisa que nenhoum desses caras falou.
- Conte- me por favor. - pedi.
- Eu sou totalmente apaixonado por você. - ri. - é sério, cresci olhando você na TV, eu sempre te admirei. Estamos até casados já.
- Então já podemos acabar com isso não é? - rimos.
- Desculpe alteza, não tenho um anel aqui, talvez outro dia.
- Veremos.
Ele se levantou e foi chamar o próximo.
Ele chegou e se sentou.
- Atari Kingdon?
- Parabéns. - ele fugiu bater palmas.
- Engraçadinho. Conte sobre você.
- Não há nada que valha a pena ser dito.
- Porque não tenta?
- Eu não trabalho, porque não paro em emprego nenhum. O meu último emprego durou quase um mês.
- Parabéns. - ri e ele fez cara de deboche.- E a sua família?
- Não tenho.
- Todos têm família.
- Eu não.
- E sua mãe?
- Morreu quando eu tinha 12 anos.
Suspirei.
- Eu sinto muito.
- Tudo bem.
- E o seu pai?
- Trocou umas fraldas e sumiu.
- Eu sinto muito.
- Tem que parar de sentir muito. - ele falou grosseiramente.
- E você tem que parar de ser grosso.
- Eu nem quero estar aqui.
- E por que você está?
- Não tem nada por que valha a pena eu ficar.
Fecho os olhos e respiro, eu não posso adicionar mais um a minha lista de "adeus".
- Espero que encontre algo por que valha a pena ficar.
Ele faz uma reverência cômica que me faz rir e saiu para chamar o próximo.
Como uma conversa tão desconfortável me deu esse sorriso?
*
- Este é o último.
- Obrigado Martin. - agradeci.
O garoto parou na minha frente, fez uma reverência e se sentou.
- Você deve ser o Blake. - notei pelos óculos e a espécie de bengala. Estudei bastante sua ficha, ele é cego, mas isso não o tirou da competição, e é bonitinho.
- É um prazer alteza. - ele falou com um sorriso de orelha a orelha que já me deixou de bom humor.
- Conte sobre você, o que você faz?
- Eu não trabalho no momento, eu trabalhava tocando piano e às vezes violão. Eu ainda consigo tocar piano, e eu adoro.
- Deve ser difícil.
- É mesmo. - ele sorri como se fosse um troféu.
- E a sua família?
- Meu pai se casou com outra e minha mãe ficou comigo. - ele fala tudo sorrindo, como se o sorriso pudesse compensar eu não ver os seus olhos.
Mesmo ele não podendo ver, eu sorrio.
- Espero que fique bem à vontade no palácio.
- Eu sei que é grande, mas pode me falar com o que é comparado? - ele diz tudo sorrindo, me deixa à vontade para falar sem problemas.
- Só desse andar, as paredes são da altura de uma casa de dois andares. E o castelo todo, talvez tenha o tamanho de um arranha céus. - seu sorriso aumenta a cada palavra minha.
- Parece incrível.
- Você terá muito para aproveitar. Já pode ir pra podermos tomar café. Conversamos outra hora.
Ele se levantou e voltou ao seu lugar.
Essas são as minhas opções, e pelo menos 8 já estão eliminados.Então, não esqueçam a estrelinha, e comentem o que acharam!
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Depois de A Coroa
FanfictionFanfick de A Seleção... "Senhoras e senhores! Este ano, 15 anos depois da seleção da rainha Eadlyn, a princesa Kerttu resolveu fazer a sua própria Seleção, como a da mãe, de garotos. 35 garotos serão sorteados para vir ao palácio disputar pelo cora...