Capítulo 1

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On Carolina

Na verdade, eu não estava nenhum pouco a fim de ir, não queria sequer estar me arrumando ou até mesmo nem ver os meus melhores amigos, Arthur e Emily. A minha vontade é de ficar no meu quarto, assistir algum filme ou maratonar uma série e claro pedir algo para comer.

Mas como sou obrigada a estar presente na festa que meus pais organizaram para comemorar alguma coisa, já que pra eles não é necessário ter motivos para festejar. Cá estou me arrumando para a festa.

Aparentemente meus pais convidaram meio mundo para que estejam presente hoje à noite. São pessoas que trabalham na empresa da nossa família, sócios, amigos, funcionários e alguns acionistas de investimento. Acredito que toda essa comemoração seja por conta da empresa ou de alguma compra extraordinária que fizeram. Apesar, que eu mesma sei muito pouco sobre o que iremos festejar hoje.

Mas a minha má vontade está enorme, que se o mundo dependesse de mim para funcionar iria estar mais parado que água de poço – meu senso de humor está um caos, como podem perceber – mas são coisas que temos que fazer para deixar a família feliz – é quase uma frase de algum romance que envolve a máfia italiana – isso é tudo que posso declarar no momento, tendo em vista a minha má vontade.

Olho para o vestido separado em cima da cama. Minha vó, que me deu esse vestido, confesso que ele é lindo, todo trabalhado no azul escuro, porém hoje estou achando-o sem graça, mas vou ter que usar senão vovó faz uma cena dramática na sala, digna de Grammy. Para completar, calço saltos da cor nude. A maquiadora já está me esperando para fazer a maquiagem, logo após é a vez do cabeleireiro para dar um jeito no meu cabelo. Por fim, passo perfume e estou pronta.

Por conta da minha enrolação para fazer absolutamente tudo, acabei me atrasando para chegar na festa. Olho no relógio e são 20: 56, a festa já está rolando lá embaixo, provavelmente deve estar uma zona por lá.

Dou uma olhada pela sacada do meu quarto, consigo ver meus irmãos dançando ou conversando com alguém. Olho para a direita e vejo Arthur que é o meu irmão mais velho, conversando – digo, dando em cima descaradamente – com uma garota. Já Leonardo e Bernardo como são mais novos que Arthur e eu, estão conversando, posso até adivinhar sobre o que é (jogos). E a caçula da família, Maria Luiza, mais conhecida como Malu, está correndo entre os convidados. Resumindo, somos em 5 e todo o dia aqui em casa é um caos diferente, mas tenho que admitir não sei como seria minha vida sem eles.

Vou até a escada, e vejo a movimentação de garçons com bandejas pra lá e pra cá, sim tem uma quantidade de pessoas além do considerável, pela quantidade de vozes que se embaralharam pelo ritmo da conversa.

Para decoração, minha mãe contratou uma design de interiores para decorar a casa inteira. Já às bebidas papai e eu, escolhemos e compramos, foi a parte que eu realmente ajudei a organizar.

Até que eu gosto de estar na organização de festas, de meter a mão na massa e fazer acontecer, tanto que, para o barman papai e eu fizemos um espaço somente para ele, com direito até a luz de led para dar um efeito legal.

Mas pensando seriamente, acho que vou dar um bolo na minha mãe, inventar que eu estou doente ou algo do tipo. Ela deve estar tão entretida com os convidados que nem vai dar a minha falta na festa.

Mal acabo o raciocínio sobre a desculpa que poderia inventar, e ela bateu na minha porta.

- Posso entrar? – Perguntou batendo na porta.

- Entra! – Gritei, olhando o meu reflexo no espelho da penteadeira.

Ela abriu a porta e logo esbouçou um sorriso enorme.

INESQUECÍVEL - (o terceiro ano nos uniu) - REFORMULADOOnde histórias criam vida. Descubra agora