Capítulo 2

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Nunca alimentei sentimentos, em relação a Steven, pois com a fama que ele carregava pela escola antes de se formar, sabia que era o pedaço de mal caminho, e o outro motivo é que ele andava com o meu irmão mais velho, o outro Arthur, e eu sabia que meu irmão nunca foi flor que se cheire no quesito namorar e ser fiel, até porque eu já conheci tantas meninas mais do que consigo me lembrar de cada uma. Mas o motivo principal é que somos opostos, ele é mais velho do que eu e está na faculdade, sempre teve mulheres ao seu redor, jamais olharia pra mim com outros olhos - apesar de que, àquela pegada na cintura não foi em vão - e não seria imbecil o suficiente de estregar a amizade dele com o meu irmão.

Talvez, eu tenha visto de mais ou colocado ideias idiotas na cabeça, criado a minha própria ilusão. Trágico e cômico ao mesmo tempo...

Uso o banheiro, e volto pra onde deixei Arthur, meu melhor amigo me esperando. A cena a seguir é o que me faz rir pela noite inteirinha.

Natasha está conversando com Arthur, e eu nem quero saber o teor da conversa pois ela está vermelha e ele com uma cara de sacana que é impossível disfarçar. Ela percebe que estou olhando, e o beija com uma violência que se eu estivesse a fim dele mesmo até ficaria magoada. Logo, Arthur percebe que estou por perto e tenta se soltar dela de todos os jeitos, e Natasha está mais parecendo uma sanguessuga do que qualquer outra coisa.

Tento segurar o riso, mas é impossível, quando eu disse que a Natasha é apaixonada por ele não estava mentindo nenhum pouco.

Arthur empurra ela. - Garota, para! - Ele diz sem folego ao se soltar dela. E eu só consigo dar risada da situação. - Idiota? Totalmente - Será que ela acha que eu estou com ciúmes dele? Ou que eu gosto dele? Enfim, não faço ideia do que se passa na cabeça dessa garota.

- Mas a gente estava conversando! Só foi ela chegar que estragou tudo! - Fala com uma voz de mimada.

- Sem problemas, se vocês quiserem continuar fiquem à vontade, eu só estava voltando para falar com ele. - E aponto para o Arthur.

Arthur tenta argumentar, mas já estou de costas para eles. Vou tentar procurar Emily, talvez ela tenha chegado por agora. Emily é a minha melhor amiga a mais tempo do que o Arthur, e eu ela sempre nos entendemos muito bem, e fazemos as nossas maluquices juntas, além é claro de toda a nossa confidencialidade. Quase me esqueço de mencionar que ela é filha da tia Mila com o tio Julio.

Ando mais um pouco pela festa e não vejo nem rastro de Emily, talvez não tenha chegado ainda. Decido então, ir até o meu quarto para tirar os saltos um pouco.

Ao subir a escada, escuto alguns barulhos suspeitos, mas pode ser que seja no quarto de Arthur, porém a surpresa é quando abro a porta do meu quarto.

Steven está só de cueca no quarto juntamente com uma daquelas mulheres que estavam na fila hoje mais cedo. A mulher é loira, tem um corpo maravilhoso, digna de musa fitness. A mulher me olha, totalmente constrangida e eu só consigo olhar para Steven.

Algo dentro de mim se quebra em mil pedacinhos, ou até mais, não sou capaz de contar agora.

- Por favor, saiam do meu quarto! - Digo irritada. - Existe um lugar chamado MO-TEL, e vocês podem muito bem ir pra lá! - Fecho os olhos e aponto para o corredor. - Vamos! Eu estou falando sério! ISSO PASSOU DOS LIMITES! - Na última frase eu já estou berrando.

Certamente, não estou irritada somente por estarem usando o meu quarto e a minha cama de motel, mas é sobre os marimbondos, de repente eles ficaram cansados e não querem mais voar contra o meu estomago, e sim querem me picar.

Abro os olhos e somente Steven permanece dentro do quarto, me olhando com os olhos arregalados.

- O que foi? Sai daqui você também! - Grito irritada.

- Eu não sabia que o quarto era seu, e me desculpa, eu estava tão envolvido que nem prestei a atenção onde eu estava entrando! - Ele fala calmamente, e isso me irrita mais.

- Não sabia que era o meu quarto? Porra, você sempre frequentou a minha casa e sabe que esse é o meu quarto! - Grito, colocando as mãos na cintura. - Sabia que existe um lugar chamado, MOTEL? - Falo indignada. - Ainda bem que fui eu que entrei porta adentro e não os meus irmãos mais novos ou até mesmo a Malu! - Eu estou borbulhando de ódio. - Cara, como você é irresponsável! - Isso é além do ódio.

Ele me olha de cima a abaixo novamente, e começa a vestir a calça, ficando somente sem camisa. É nesse momento que eu quase perco o olhar naquele peitoral esculpido pelos deuses.

- Eu errei mesmo, me desculpa! - Ele acaba de vestir a calça e me olha intensamente.

- Sem essa de vir se fazer de vítima, eu tô possessa! Por que não usou o quarto do Arthur ou até mesmo de hospedes? - Bufo me mantendo em pé, só me curvo para tentar tirar os saltos, porém Steven se abaixa tentando me ajudar.

- Se apoia em mim, vou tirar os seus saltos... - O tom da voz baixa e é rouca. Sinto algo dentro de mim se apertar de prazer.

- Não preciso de ajuda! - Falo esbaforida. Eu sabia que deveria ter ficado essa noite quietinha no meu quarto.

Ele me ignora e começa a tirar os meus saltos, bem devagar. Sinto a sua mão encostar no meu calcanhar, como se fosse uma massagem lenta e prazerosa, quase fecho os meus olhos tamanho o carinho que sinto ao sentir o seu toque. Ele vem subindo com a mão fazendo caricias nas minhas canelas e panturrilha, e aos poucos sinto os seus lábios distribuindo beijos até chegar na parte de dentro da minha coxa. O toque se intensifica mais e ele continua me beijando, sem adentrar dentro do meu vestido, faz carinho na minha coluna devagar e preguiçosamente, como se tivéssemos todo o tempo do mundo, ao chegar no meu colo, ele distribui beijos demorado por ali, até chegar na base do meu pescoço.

Nessa altura Steven estava praticamente curvado, ele é bem maior que eu, com os seus 1,80 e eu com os meus míseros 1,65. Por conta, dessa diferença ele me pega no colo e cola as minhas costas na porta do meu quarto, nossas bocas ficam a centímetros uma da outra.

Nossas respirações se misturam, a mão dele continua fazendo caricias em minha coluna, sinto um arrepio.

- Melhor sem os saltos? - Ele diz com a voz rouca, olhando nos meus olhos.

Estamos praticamente abraçados, e agora parece que os marimbondos resolveram voltar, talvez tenham se esquecido da cena que eu vi quando entrei aqui. Por esse motivo, retomo a sanidade.

Estamos praticamente abraçados, e agora parece que os marimbondos resolveram voltar, talvez tenham se esquecido da cena que eu vi quando entrei aqui. Por esse motivo, retomo a sanidade.

- Pode me largar? - Digo olhando nos olhos dele. Aqueles olhos castanhos me olham e eu sinto um onda de calor gostosa perto do ventre. De repente ficou quente aqui?!

- Quer mesmo descer? - Ele alterna em olhar entre os meu olhos e a minha boca. Sinalizo que sim e ele me coloca no chão. O ar está pesado demais para sequer abrir a boca.

Ele pega a camisa azul-marinho e começa a vestir, tento disfarçar para que não me pegue o observando.

Paro perto da porta, e com a mão mostro que ele deve sair do quarto.

- E da próxima vez, por favor, se situe! Agora se me der licença... - Aponto em direção da porta. Ele me olha e sai sem dizer uma palavra.

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