On Carolina
Acordo com um sobressalto, tento me mexer, porém estou sendo soterrada por um corpo que me cobre inteira.
Minha visão se ajusta a penumbra que está no quarto, e então visualizo as pernas enroscadas nas minhas, o braço envolta da minha cintura. Sinto o seu nariz próximo ao meu pescoço e a sua respiração está tranquila, indica que está em um sono profundo.
Vejo que estou com uma roupa totalmente diferente daqui fui para a festa. Estou vestindo uma camisa preta, que mais parece um vestido no meu corpo, mas é mil vezes mais confortável do que o vestido, admito.
Steven, se remexe na cama e me puxa mais para junto dele, tento não ficar tensa. Deixo me envolver pelo seu cheiro e sinto o sono voltar devagar. Acabo me entregando e volto a dormir.
*
Quando acordo mais tarde, sinto o outro lado da cama vazio, me remexo e me sento na cama. Steven, não está em nenhum canto do quarto. Vou até ao banheiro, ele também não está lá. Vejo, meu vestido, bolsa e sapatos em uma poltrona.
Resolvo sair do quarto, ao alcançar metade do corredor, escuto um barulho vindo do lado de fora. Espio do corredor, e vejo Steven desferindo uma sequência de golpes rápidos e precisos contra um saco de pancadas. Ele mantém um postura seria e concentrado, e não percebe quando atravesso o corredor para ir à cozinha.
De onde estou a visão melhora ainda mais. Ele está usando somente um short preto que se agarra em suas coxas, e no peitoral há uma fina e brilhosa camada de suor que acentua ainda mais os seus gominhos.
Tenho que dar o braço a torcer, Steven é de tirar o fôlego com toda a sua magnitude.
- Bom dia! – Tomo um susto ao escutar a sua voz atrás de mim. – Dormiu bem? – Ele tira as luvas e toma um copo de água.
- Bom dia, dormi sim... – Respondo, e os meus olhos acompanham o movimento que ele faz ao passar as mãos nos cabelos para tirá-los da testa suada. Ele larga o copo na bancada e se aproxima. – Como que eu vim parar aqui? – Pergunto, pois se bem me lembro estávamos em uma festa quando eu o encontrei.
- Você realmente não se lembra? – Ele pergunta com um sorriso no rosto. Eu nego com a cabeça, pois não me vem nada a mente da noite passada, deve ser pelo fato de que sou fraca para bebida. – Eu imaginava. Você bebeu demais e ficou um tanto quanto alegrinha... Aí achei melhor virmos pra minha casa. – Ele diz tranquilamente.
- E por que me trouxe pra sua casa? – Pergunto, eu poderia ter ido para a casa de M.
- Porque eu quis. – Ele responde me encurralando na bancada e colocando um braço em cada lado.
- Steven! – Falo em tom de aviso.
- O que Carol? Eu estou falando sério. Você até disse que eu cheirava bem! – Ele fala com um sorriso torto nos lábios.
- Sem essa... Ontem, não conta eu estava bêbada. – Digo tentando me esquivar, pois olhar pra ele, desse jeito que está é uma perdição.
- Tudo bem, vou fazer o café da manhã. Você tem alguma preferência? – Ele pergunta ao se afastar para colocar um avental preto.
Quando foi a hora do meu óbito? Não é possível que eu esteja viva, ou talvez eu esteja sonhando.
- Você sabe cozinhar? – Pergunto embasbacada. O filho da mãe sabe cozinhar!
- Sei, não de tudo, mas fome eu não passo. E aí, vai querer o que? – Tem como ser você? As palavras quase saltam da minha boca.
- Eu não sei, se quiser pode escolher. – Opto pela resposta mais fácil.
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INESQUECÍVEL - (o terceiro ano nos uniu) - REFORMULADO
Teen FictionO significado de amor inesquecível: é um sentimento memorável, algo que não se consegue esquecer e por mais que você tente é impossível ignorar, pois merece ser vivido e experimentando. Talvez, somos assim duas pessoas que merecem ter as suas histór...