Rosa Negra

capítulo 10

Sem revisão...

Maria Rosa

.- Babaca.

Babaca, cretino, estúpido, imbecil... e todos os adjetivos que existem não seriam suficentes para nomea-ló.
Sabe querida leitora, não entendo como certas mulheres conseguem se apaixonar por caras como aquele. Daí você me diz;"a Maria mas o amor é assim mesmo". Daí eu vou te responder; "Amor? Isso não é amor. Talvez seja desejo, tesão, atração, luxúria, pode ser qualquer coisa que você queira, mas não é amor." Querida leitora que está acompanhado minha vida me deixe explica-lhe a minha definição de amor, pelo menos o que eu acho o que é amor pra mim.

Nesses meus 26 anos de vida ocorrem-me várias dúvidas sobre o que é o amor e do que se trata e de pessoas que querem entender o amor. Pra mim não há formas e regras de amar, há apenas valores a seguir. Todos tentam definir amor e as palavras são variadas. E o mais comum é a definição ser uma palavra bonita, confortável, alegre. O amor é beleza, o amor é conforto, o amor é doce, o amor é um sentimento nobre. Mas isso todos sabem. Isso tudo se pode sentir, está “á vista” e à mercê de todos os que se apaixonam e gostam de quem lhes faz o bem. Mas também é verdade que sem conheceres o que é mau, não podes saber o que é bom ou melhor. Os pormenores estão nos segredos da vida, tal como os significados das palavras escondem os maiores segredos. O amor trata-se não só de sentir, mas de ser original.

Você deve estar se perguntando, " mas você não disse que nunca amou?" Não! Eu disse que eu nunca me apaixonei, claro que eu amei, ou melhor amo, nunca deixei de amar, pois se é amor de verdade ele não acaba, ele perdura, através do tempo, da distância e até mesmo da morte, ou você acha que só porque minha mãe se foi eu deixei de ama-la. Se é amor ele dura, o amor não é coisa de momento, coisa de momento é tesão mas não o amor.

Como diz uma citação de Joaquim Pessoa...

O amor é. ..

O amor é o início. O amor é o meio. O amor é o fim. O amor faz-te pensar, faz-te sofrer, faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo. O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar. O amor castiga-te. O amor compensa-te. O amor é um prémio e um castigo. O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio. O amor é alegria. O amor é tristeza. É ciúme, orgasmo, êxtase. O nós, o outro, a ciência da vida. 
O amor é um pássaro. Uma armadilha. Uma fraqueza e uma força. 
O amor é uma inquietação, uma esperança, uma certeza, uma dúvida. O amor dá-te asas, o amor derruba-te, o amor assusta-te, o amor promete-te, o amor vinga-te, o amor faz-te feliz. 
O amor é um caos, o amor é uma ordem. O amor é um mágico. E um palhaço. E uma criança. O amor é um prisioneiro. E um guarda. 
Uma sentença. O amor é um guerrilheiro. O amor comanda-te. O amor ordena-te. O amor rouba-te. O amor mata-te. 
O amor lembra-te. O amor esquece-te. O amor respira-te. O amor sufoca-te. O amor é um sucesso. E um fracasso. Uma obsessão. Uma doença. O rasto de um cometa. Um buraco negro. Uma estrela. Um dia azul. Um dia de paz. 
O amor é um pobre. Um pedinte. O amor é um rico. Um hipócrita, um santo. Um herói e um débil. O amor é um nome. É um corpo. Uma luz. Uma cruz. Uma dor. Uma cor. É a pele de um sorriso.

Enfim... o amor é tudo e mas um pouco. Muitas vezes so nos damos conta do que é o amor quando estamos longe. É como se estar longe de casa, é como estar em uma viajem sem fim, onde você andei a cada minuto voltar ao lar, voltar para quem você ama.

Você deve estar se perguntando o porque eu estou divagando! Simples!

Eu também não sei!

As vezes sinto que falta alguma coisa, talvez o amor de que tantoo falo, mas não o amor fraterno, familiar. Não esse amor, sinto falta de amar a um homem, juro, juro que já tentei me apaixonar, tentei amar, mas já deixei de tentar, pois um dia alguém me disse que você não tenta amar, você simplesmente ama. Acontece naturamente, é como respirar.

Mas deixemos de falar de amor e vamos ficar no trabalho, pois hoje não sou A advogata e sim uma simples empregada (risos)---- até rimou---- como diz o meu querido quase patrão Gabriel Bragança.

E por falar no diabo, vou ter que aturar aqule cara gostoso, digo seboso é seboso, a noite toda.

Enquanto estou aqui divagando, estou me encaminhado para a cozinha pela entrada dos fundos, onde a minha madrinha disse que estaria me esperando.

Chegando ao local encontro todos em uma louca correria, minha madrinha estava na pia lavando alguma coisa, ela virá e está quando me olha dos pés a cabeça... ô, ô, ô, esse olhar não é nada bom ai vem coisa. Ela caminha até com o cenho franzido.

---- Maria Rosa da Silva que diabos de roupas são essas?---- me pergunta me medindo.

---- Madrinha eu naobtenho culpa, e foi você que me deu esse uniforme ---- digo a ela.

---- É mas eu não sabia que iria ficar assim em você, quando você cresceu? ---- dou risada, mas ela não muda a expressão, acho que não era pra ser uma piada.

Imagina se ela descobrisse que além dos tribunais e dos terninhos e roupas sérias existe uma striper. Ela me excomungaria, e teria um piripaque do Chaves.

---- Tá madrinha, mas eu nao posso fazer nada.

---- Tudo bem Maria, mas por favor não caia nas graças de nenhum desses abusados, eu sei o que eles querem com menininhas como você! ---- diz beijando a minha testa.

Ai, ai, madrinha, ainda acha que eu sou uma meninha, é tão com se sentir amada.

Minhmadrinha pede para que eu vá levar os pesticos, e que serviva os convidados, e assim que eu entro e filho de uma égua parideira ja vem com gracinhas.

É, essa noite promete...

Continua....

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'