Doce Heloísa

XIV - Quer Casar Comigo?

O tempo passou e quanto mais convivíamos com aquela loira do diabo mais eu percebia que ela estava a fim do meu homem. Não gostava de imaginar ela a espreita de Lucas sempre que estava naquele bendito haras. O trabalho que Lucas tanto amava passou a ser minha tortura particular, pois aquela piranha estava rondando o que é meu, mas se ela pensa que vai chegar se rastejando até ele, ela está redondamente enganada.

Não tão fácil, meu bem!

Enfim, sempre que a turma de colegas do haras saía pra dar uma relaxada, lá estava àquela loira de farmácia, rindo e jogando charme para o Lucas, mas eu não deixava por menos, estava sempre lá para lembrar aquela cobra que ele tem dona, e que a dona dele é muito ciumenta.

- Um beijo pelos seus pensamentos! – Lucas disse enquanto acariciava a minha bochecha.

- Não é nada que valha os seus beijos! – respondi terminando de aplicar a generosa camada de batom nude em meus lábios.

Olhei pra nossa cama desarrumada e percebi o quanto nós dois tínhamos mudado ao longo do tempo. Quando começamos a namorar já passávamos quase todas as noites juntos e depois que transamos pela primeira vez nunca mais dormimos um longe do outro. Então, nesse momento ele tirou meu batom de minhas mãos e me puxou pra um beijo, remexi entre seus braços e me esfreguei contra seu pênis que logo bateu continência para mim.

É engraçado como há poucos meses atrás eu era uma menina inocente e virgem, e agora, tantos meses depois, eu já sabia o que fazer exatamente para deixar meu homem aceso, bem como o que lhe satisfazia. Mordisquei sua orelha e me esfreguei novamente sobre ele, suas mãos foram para os meus quadris e ele ofegou enterrando os dedos em minha carne, se Lucas tinha um ponto fraco esse estava localizado em sua orelha e pescoço, ficava completamente enlouquecido de desejo.

- Gatinha, combinamos de sair hoje – ele gemeu contra meus lábios.

- Sim...

- Amor se você continuar me tentando assim vai ficar difícil sairmos desse apartamento – ele falou me jogando sobre a cama e subindo encima de mim, suas mãos seguraram as minhas sobre a minha cabeça e ele me encarou com desejo estampado em seus olhos verdes. – Não vamos mudar o roteiro, sim...?

- Não precisamos – me remexi embaixo dele. – Podemos apenas fazer uma rapidinha... – sussurrei sedutoramente enquanto enroscava minhas pernas ao redor de sua cintura e sem que ele esperasse, eu moera meu quadril contra o seu.

- Nada disso, mocinha! – ele me soltou e saiu de cima de mim antes de antes que eu conseguisse fazê-lo me comer e verdade. – Eu tenho planos para a nossa noite e você não estragará nada!

Levantei-me da cama muito a contragosto. Coloquei minha blusa de seda branca e uma saia preta com bordados dourado, peguei minha bolsinha e calcei meu scarpins de verniz negro. Minha maquiagem discreta completava meu visual, e meus cabelos curtos estavam perfeitamente escovados e pendiam sobre meus ombros.

- Você está linda! – ele elogiou-me e estendeu sua mão para mim. – Vamos?

- Vamos! – confirmei pegando sua mão e caminhando ao seu lado até a garagem do prédio.

Pegamos a minha Pajero e rumamos em direção a saída de BH, Lucas guiou o carro até um restaurante bem charmoso e pequeno, tudo nele era meio rústico, desde as mesas feitas de troncos de árvores até as flores do campo que enfeitavam os centros das mesas que tinham por ali. Tudo muito romântico e delicado de uma maneira completamente nova.

O Maitre indicou uma mesa mais afastada de todos que tinha apenas dois lugares, aparentemente Lucas tinha feito reserva antecipadamente, de forma que nossa mesa já estava pronta quando chegamos. Lucas puxou a cadeira para mim, como de costume.