XIX - Ressentimento

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Genteee, pois não é que eu voltei! ;-D 

Espero que tenham uma boa leitura! S2

Quando eu pensei que não Lucas e Gustavo estavam engalfinhados em um emaranhado de murros, socos, pontapés e afins. Eu apenas gritava desesperada, tinha medo de me intrometer na briga e acabar levando algum daqueles golpes. Estava quase ficando doida em ver eles dois naquela situação toda, gritava histericamente para que alguém pudesse ajudar.

Meus pais chegaram com dois seguranças enormes que vieram separaram os dois, era um custo eles conterem eles dois, rosnavam e esperneavam enlouquecidos de raiva um do outro. Meu pai se colocou entre os dois na mesma hora.

- Que palhaçada está acontecendo aqui? - Parecia estar irado diante dos acontecimentos.

- Pergunta pra esse canalha o que ele estava fazendo com a Helô? - Lucas se debatia irado tentando se soltar do aperto do segurança.

- Não sei porque está tão zangado, seu zé mané! - Gustavo cuspiu a resposta em tom de ironia. - Ela bem que estava gostando de estar com o papai aqui novamente... - deu um sorriso idiota. - Devia tá sentindo falta de ter um homem de verdade com ela...

Lucas tentou se soltar novamente do aperto do segurança, mas foi em vão. Mas não é porque meu namorado não podia lhe ensinar uma boa lição que eu não poderia fazer... Corri até ele onde ele estava sendo segurado e chutei com vontade o meio de suas pernas, ele gemeu de dor, eu acho que usei uma quantidade de força maior do que a pretendida, mas não posso dizer que me arrependi de fazer isso.

- Fala de novo se você tem coragem! - gritei em sua cara.

- Sua vagabunda! - ele rosnou enraivecido. - Essa raiva toda é porque eu nunca te comi, não é...? - Continuou dizendo besteiras. - Talvez se eu tivesse te dado um trato bem dado você não teria ficado tão bravinha quando me pegou com outra...

Eu já estava a ponto de lhe dar um tapa em sua cara quando meu pai segurou minha mão e ele mesmo acertou um belo de um soco no rosto daquele cretino. ele caiu chorando no chão, completamente nocauteado por nós. Meu pai chegou em sua frente e começou a gritar com ele:

- Cala a boca agora Gustavo! - ele o pegou pelo colarinho de um jeito que eu estava vendo a hora do segurança lhe segurar. - Eu sou seu padrinho, mas eu não conheço esse homem asqueroso que estou vendo na minha frente! - ele o soltou e Gustavo caíu no chão, nessa hora o segurança já tinha lhe soltado. - Suma da minha frente agora e quando chegar em casa, vá direto pro meu contador, você está demitido!

- Você não pode fazer isso comigo! - ele disse completamente transtornado. - Eu passei anos trabalhando com você naquela maldita fazenda pra ser dispensado assim...

- Você achou o quê, Gustavo? - ele disse no mesmo tom severo que usava quando dava esporro na gente quando criança. - Que ia dizer esse monte de barbaridades sobre a minha filha e eu iria ficar quieto?

- Até onde eu sei, o senhor não se importou muito com ela durante esses últimos anos... - disse com uma cara de deboche. - Ele nunca ligou muito pra você, garota!

- Cala. A. Boca. Gustavo! - meu pai disse entredentes. - Vá embora agora mesmo!

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição e saiu com um sorrisinho cínico em seu rosto. É engraçado que antigamente eu o achava tão lindo e agora sinto nojo dele, como pude me enganar durante tanto tempo com uma pessoa?

- Você está bem? - perguntei colocando a mão no ombro de Lucas e ele virou em minha direção.

- Não se preocupa, amor... - seu lábio estava partido e ele tinha uma mancha avermelhada bem abaixo de seu olho. - Eu só dei a ele o que ele estava merecendo por ter te feito sofrer no passado... - acariciou meu rosto.

Doce HeloísaOnde histórias criam vida. Descubra agora