Indomada - Série Lennox - Livro 6 (Degustação)

Capítulo 4 - Parte 2

Deborah Lennox

Na manhã seguinte despertei com uma dor de cabeça dos diabos, cortesia das tequilas na noite passada. Após um banho gelado e me vestir para o café da manhã desci até a cozinha onde as vozes estavam altas fazendo com que meus tímpanos zunissem. Eu nunca mais vou beber. A minha frase típica que sempre caia por terra algumas semanas depois. Ou menos que isso afinal amanhã seria o churrasco com toda a família, então certamente eu iria beber. Não tequila. Deus só de pensar em tequila me dava vontade de minha própria pele.

— Bom dia. — Foi o coro em uníssono quando entrei na cozinha. Meu pai, minha mãe e Matt estavam sentados comendo bacon e panquecas.

— Vocês precisam gritar tanto? — Questionei mal-humorada. — Bom dia. — Fui até a cafeteira e servi-me de uma grande dose de cafeína e com isso engoli o analgésico que estava em minhas mãos.

— Que horas você chegou em casa ontem? — Meu pai perguntou quando sentei-me.

— Não lembro... — Disse servindo-me de uma grande quantidade de bacon, era disso o que eu precisava para aliviar minha dor de cabeça.

— Quem trouxe você? Porque sei que seu garoto aqui passou mal.

— Foi o vovô, ele me deu uma carona até aqui com Sebs.

— Tio Sebastian. — Corrigiu-me.

— Ah pai, temos quase a mesma idade é estranho chamar ele assim.

— Tanto faz... — ele deu de ombros. — Então o que você pretende fazer agora que se formou na faculdade?

— Pensei em pedir ao meu pai que me dê um emprego aqui na fazenda. — Disse encarando-o com um sorriso pidão.

— Você quer ser a veterinária daqui? — Ele parecia surpreso.

— Bem, sim... onde mais eu iria trabalhar que não aqui? — Ele piscou duas vezes.

— Pensei que você voltaria para Chicago. — Comentou ele.

— E porque eu faria isso?

— Você parecia tão animada falando de lá. Disse que era uma cidade incrível.

— E é realmente uma cidade incrível, para se visitar. — bebi um pouco mais do café, me sentindo mais gente. — Eu amo a vida no campo, eu amo a vida aqui na fazenda e os cavalos são a minha paixão. — E o Alejandro é o homem da minha vida. Acrescentei em pensamento.

— O emprego é seu. — Disse ele emocionado. —Obrigado minha filha.

— Porque pai?

— Por não ir para longe de mim e de sua mãe. — Ele encarou mamãe com amor.

— Temia que você quisesse voltar para Chicago. — Disse minha mãe. — Estou feliz que vai ficar conosco. — Nesse momento Matt já começara a lavar a louça, nem tinha notado que ele havia saído da mesa. Mas como um verdadeiro príncipe ele nos deu privacidade em nosso momento familiar.

— De jeito nenhum. — Falei. — Meu lugar é aqui, aqui estão todos os que amo. — Minha mãe assentiu como se soubesse exatamente a todos os que eu me referia.

— Eu sei minha filha. — Disse ela como se lesse meus pensamentos.

— Bem, posso começar a trabalhar hoje. — Comentei animada. — E pai quero o salário normal dos trabalhadores e não quero tratamento especial viu, nem mimos.

— Estou orgulhoso de você Deborah. — Disse ele. — Você é uma boa moça.

— Vocês me educaram, eu não poderia ser diferente.